Paralisação dos caminhoneiros na Rodovia Presidente Dutra, no Rio de Janeiro

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) divulgou nota ontem (29) em que acusa a presença de infiltrados na paralisação dos caminhoneiros e pede o fim do movimento. Segundo a entidade, integrantes da categoria “estavam sendo forçados e ameaçados a permanecerem parados e que grupos estranhos ao movimento da categoria se infiltraram na paralisação com outros objetivos do que foi apresentado na pauta inicial”.

No texto, a CNTA avalia a paralisação como bem sucedida e critica a continuidade do movimento. Segundo a entidade, os caminhoneiros conseguiram diversos avanços na negociação com o governo e apoio da sociedade. Mas, a partir de agora a permanência dos bloqueios, estaria trazendo prejuízos ao movimento.
“Nossa pauta inicial e prioritária foi plenamente atendida pelo governo. Atingimos nossos objetivos, porém, a partir deste momento, entrando no 9º dia de paralisação, os caminhoneiros, suas famílias e toda a sociedade começam a sofrer um desgaste desnecessário. Tudo que foi conquistado até agora, como a boa imagem da categoria perante a população e as reivindicações atendidas, corre o risco de se perder”, diz a nota.
A confederação elenca entre as conquistas da paralisação a redução do preço do combustível equivalente ao valor correspondente à incidência de Cide e Pis/Cofins por 60 dias; a definição de reajustes mensais a partir deste prazo; a reserva de 30% do volume de fretes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para caminhoneiros autônomos e a tabela de piso mínimo do valor do frete.
Anteontem (28), o presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (ABCam), José da Fonseca Lopes, também denunciou a presença de infiltrados nos bloqueios de rodovias em diversos locais do país. Segundo ele, haveria grupos “intervencionistas” prendendo veículos para que não abandonem os pontos interditados.