Membros da Comissão Científica da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) confirmaram a recomendação para reconhecimento internacional do Maranhão como Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação. A recomendação foi feita pelos auditores da comissão que estiveram no Maranhão, no dia 19 de fevereiro, para avaliar se o estado estava apto a receber a classificação internacional. A recomendação vale, ainda, para os estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Região Norte do estado do Pará e será avaliada durante a 82ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da OIE, agendada para maio.
A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagrima) e a Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) foram comunicadas da decisão dos membros da auditoria da OIE, pelo diretor de defesa animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques.
O relatório com o resultado das análises dos auditores Herbert Schneider e NiksaBarisic servirá de base para avaliação dos 178 países membros da OIE, que se reunirão na 82ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da OIE, em Paris, na França, no mês de maio deste ano para, dentre outros assuntos em pauta, votarem por acatar ou não o pleito brasileiro.
O secretário da Sagrima, Cláudio Azevedo, ressaltou que essa análise positiva da auditoria é o resultado da seriedade das ações do Governo do Maranhão, que conseguiu o envolvimento da iniciativa privada, representada pelos criadores e a indústria frigorífica. “Outro fator importante avaliado pela auditoria foi o funcionamento do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária, o Fundepec, criado quando fui presidente da Associação dos Criadores do Maranhão e reestruturado pela Sagrima, que se tornou um modelo para outros estados”, avaliou Cláudio Azevedo.
Para o diretor geral da Aged, Fernando Lima, esse reconhecimento internacional fechará um ciclo e abrirá outros. “Fechará o ciclo da meta que buscamos por tantos anos, de conquistar a zona livre de febre aftosa, mas abrirá novos desafios sanitários, que serão agregados às nossas atividades”, disse.
Fernando Lima frisou que a zona livre internacional também aumenta a importância e responsabilidade do trabalho da Aged, que agora terá reflexos em todo o país. “O nosso compromisso deixará de ser com a defesa sanitária animal do Maranhão, para ser do Brasil, pois qualquer foco de febre aftosa comprometerá o status sanitário do país inteiro”, complementou.
Durante a auditoria realizada no Maranhão, o fiscal do Mapa, Hélio Vilela, explicou que a meta do Ministério é que todo o país consiga ser reconhecido como zona livre de febre aftosa. “Por isso, além do bloco de estados do qual o Maranhão faz parte, já estamos trabalhando com os demais estados do Norte para que também se adequem aos padrões internacionais”, informou Hélio Vilela.
Em setembro do ano passado, o Maranhão foi classificado nacionalmente como Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação. A assinatura da portaria do Mapa aconteceu durante a Expoema e foi assinada pelo então ministro da Agricultura, Antônio Andrade, em evento que contou com a presença da governadora Roseana Sarney. (Vitória Castro - Secom)