Terça-feira (1) é uma data histórica, em que foi sancionada, pelo governador Flávio Dino, a Lei que cria a primeira universidade estadual do Sul do Maranhão: a Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL). A solenidade da assinatura aconteceu em Imperatriz.
Durante a cerimônia, o governador lembrou que este foi um compromisso de campanha que agora está sendo cumprido. “A criação de universidades regionais era um desejo e um compromisso meu. E se me comprometo, eu cumpro”, disse Flávio Dino.
A autonomia do campus da Universidade Estadual do Maranhão de Imperatriz é um desejo concretizado da comunidade acadêmica de mais de três décadas. “Quando eu era estudante desta casa, já sonhávamos com a descentralização. Agora participamos deste momento, da criação de uma nova universidade que vai atender Imperatriz e a Região Tocantina”, disse o secretário de Estado da Infraestrutura, Clayton Noleto.
O campus de Imperatriz conta com dois mil alunos, 106 professores efetivos, 59 contratados e mais de 100 bolsas de pesquisa, extensão, bolsa de apoio técnico à pesquisa voltado a professores especialistas, bolsa trabalho e de estágio. Para o professor Expedito Barroso, além de aumentar esses números, os estudos serão direcionados aos potenciais da região. Segundo ele, isso será possível porque a universidade terá autonomia orçamentária, administrativa, disciplinar e pedagógica. “Isso representa a cumprimento da Constituição Federal que trata o ensino com autonomia em todas as esferas”, avaliou.
O diretor do campus de Imperatriz, Paulo Catunda, disse que com a UEMASUL há mais possibilidades de abrir mais vagas, contemplando aos menos favorecidos. “Podemos pensar em um modelo de universidade diferenciado. Temos turmas que formam com apenas 15 alunos. Agora temos a possibilidade de planejar uma forma de resolver essa situação”, destacou.
Já o deputado estadual Marco Aurélio mencionou a coragem do governador em confrontar um corporativismo histórico. “Esta é luta de gerações e só tem sentido com a participação popular. Quando Flávio Dino enfrentou um corporativismo, que há anos centraliza a maior parte dos cursos e recursos em São Luís, atende a esse anseio popular”, disse.
Outra conquista da comunidade foi o anúncio dos reparos na estrutura física do campus do centro. “Hoje nós temos necessidades básicas. Falta água no Centro, banheiros dignos, acessibilidade, a instalação elétrica é antiga. Nossa conquista foi muito além do que pensávamos”, disse a coordenadora do Diretório Acadêmico de Letras Inglês Literatura (DALIL), Waquiria Lima.
As obras serão executadas pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (SINFRA) e Clayton Noleto afirmou que toda a reforma será definida por meio de diálogos com a comunidade acadêmica. “Vamos articular reuniões com estudantes, professores e servidores, como estamos fazendo nas obras da SINFRA porque o nosso objetivo é atender às reais necessidades da comunidade”, anunciou. (Janaína Amorim)
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