A Controladoria-Geral da União (CGU) abriu uma auditoria para investigar denúncias de fraudes em licitações realizadas pelo Ministério da Integração Nacional. A medida foi tomada após o ex-secretário-executivo da pasta Mário Ramos Ribeiro entregar um relatório à CGU listando supostas irregularidades praticadas por dois funcionários do ministério. Ramos Ribeiro pediu exoneração do cargo no último dia 20 de julho.

Uma das denúncias de irregularidades diz respeito a um contrato de cerca de R$ 1,4 milhão para a realização de eventos. As irregularidades teriam ocorrido quando o ex-ministro Hélder Barbalho ainda estava no comando da pasta. Barbalho ficou no comando do ministério de 12 de maio de 2016 até o dia 6 de abril de 2018, quando renunciou ao cargo para disputar a eleição para governador do Pará.
À Agência Brasil a CGU disse que a investigação já foi iniciada, mas que não poderia dar mais detalhes sobre o processo. “Até a conclusão do trabalho, estamos impossibilitados de prestar informações adicionais”, informou ontem (3) a assessoria da CGU. As informações sobre o caso foram reveladas nessa quinta-feira (2) pelo jornal Folha de S.Paulo. A assessoria do ministério disse que o ministro da Integração, Pádua Andrade, afastou os dois funcionários dos cargos.
“O Ministério da Integração Nacional aceitou a demissão do ex-secretário e afastou dos cargos gerenciais os dois servidores citados. Ouvidos preliminarmente, ambos negam as acusações e denunciam abuso de poder por parte do secretário demissionário”, disse o ministério.
O ministério informou que já abriu a sindicância, publicada no Diário Oficial da União, com data retroativa a 1º de agosto. A sindicância será conduzida pelo corregedor da pasta, funcionário de carreira do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União. (Agência Brasil)