César Pires questionou dados repassados pelo governo estadual na sessão desta terça-feira - Agência Assembleia

Na sessão plenária desta terça-feira (30), o deputado César Pires (PV)  questionou dados repassados pelo Governo do Estado sobre a oferta de leitos hospitalares exclusivos para  tratamento de pacientes com Covid-19 em São Luís. Segundo ele, 55 respiradores foram instalados na rede estadual da capital maranhense até agora. “O governo, mais uma vez, mente ao repassar informações ao povo maranhense”, afirmou o parlamentar.

Pires disse que não é contra a aquisição de respiradores e a ampliação do número de leitos. ”O inaceitável é o governo mentir para a população informando ter instalado uma rede que não existe. Recebi informações de fontes confiáveis que, diariamente, têm de lidar com a pouca disponibilidade de equipamentos necessários para salvar a vida de vítimas do novo coronavírus”, enfatizou.
Segundo o parlamentar, o Hospital Real, contratado pelo governo estadual em São Luís, ofertou 220 leitos para tratamento da Covid-19, ocupando, no máximo, 60% desse total, com dez respiradores.
“No Hospital São José, também privado, eram 55 leitos com apenas três respiradores. No HCI, foram disponibilizados 60 leitos e 25 respiradores para atender os pacientes com coronavírus, e o hospital de campanha instalado em São Luís conta com 10 respiradores”, disse.
César Pires ressaltou que quis mostrar à população “que o governo estadual divulgou o que, de fato, não entregou aos maranhenses”. Para ele, a propaganda oficial foi muito maior que os investimentos feitos para enfrentar a pandemia no Maranhão, onde mais de 2 mil pessoas já morreram em decorrência da Covid-19.
“Estamos encaminhando ofício à Secretaria de Estado da Saúde para que informe se esses dados a nós repassados por fontes fidedignas estão corretos ou não. E também vamos solicitar à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, para que também fiscalize essa situação acompanhada dos três deputados da oposição. O Legislativo tem que cumprir o seu papel de cobrar transparência e fiscalizar os atos do Executivo. Foi muita propaganda pelo pouco que foi feito para salvar vidas no Maranhão”, concluiu.  (Assecom)