Deputado César Pires: “Empresa não tem capacidade gerencial e financeira”

O abastecimento d’água em São Luís foi o tema central da reunião realizada pelas comissões de Saúde, Assuntos Municipais e Obras Públicas na Assembleia Legislativa, para que o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), Carlos Rogério Araújo, prestasse esclarecimentos aos deputados estaduais. Ao final do encontro, o deputado César Pires (PV) afirmou que a companhia não fará, a curto prazo, os investimentos necessários para atender às demandas da população.

“Os dados orçamentários e financeiros oficiais e os esclarecimentos prestados pelo presidente da Caema mostram que a empresa não tem capacidade gerencial e financeira para superar problemas como a interrupção no abastecimento d’água que penaliza a população de São Luís e grande parte dos moradores do interior do Maranhão”, afirmou César Pires, referindo-se a dados oficiais do Orçamento do Estado.
O deputado citou, por exemplo, que a Caema tem um gasto mensal com pessoal superior a R$ 10 milhões, e reduziu em cerca de 22,5% os investimentos previstos para 2019, com relação ao ano passado, quando previu investir R$ 1 milhão e 485 mil. Além disso, a receita operacional líquida da companhia caiu de R$ 514 milhões, em 2017, para R$ 417 milhões em 2018, conforme publicado no Diário Oficial do Estado em abril deste ano.
César Pires também citou o balanço patrimonial da Caema que mostra um prejuízo acumulado superior a R$ 1 bilhão, em 2018. “Se a empresa acumula prejuízo mensal de R$ 20 milhões, entre receita e despesa, e está reduzindo sua capacidade de investimentos, não há como prever que a curto prazo resolverá os problemas de abastecimento d’água, coleta e tratamento de esgoto em todo o Maranhão”, ressaltou.
Ao lado dos deputados de oposição Wellington do Curso e Adriano Sarney, César Pires concluiu que, sem desmerecer a capacidade técnica do presidente Carlos Rogério, a Caema não conseguirá melhorar a qualidade dos serviços prestados aos maranhenses. “É preciso que o governo estadual garanta os recursos necessários para sanear a companhia e possibilitar os investimentos na ampliação e modernização dos sistemas de água e esgoto”, finalizou. (Assecom)