A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, discursa na abertura do seminário AGU 25 anos

Pela segunda vez na história do Brasil, uma mulher presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) assume interinamente a Presidência da República. Cármen Lúcia ocupou o posto ontem (13), assim que o presidente Michel Temer deixou o espaço aéreo brasileiro, na viagem que fez a Lima, no Peru, para participar da 8ª Cúpula das Américas. Temer embarcou para a capital peruana às 11h.

A primeira presidente do STF a assumir o cargo foi a ministra Ellen Gracie (aposentada), em maio de 2006, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou à Argentina acompanhado das três autoridades que, na época, estavam em sua linha sucessória: o vice-presidente José Alencar; os então presidentes da Câmara, Aldo Rebelo (SD-SP), e do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL).
Como desde a posse de Temer, após o impeachment de Dilma Rousseff, o Brasil não tem vice, caberia ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumir o cargo. Mas tanto Maia quanto o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), poderiam se tornar inelegíveis para as próximas eleições caso assumissem. Diante disso, eles optaram por sair do país até o retorno de Temer. Maia viaja para o Panamá e Eunício para o Japão.
Não ficou definido se Cármen Lúcia cumpriria agenda no cargo de presidente da República despachando do STF ou do Planalto. Estavam previstas reuniões com a advogada-geral da União, Grace Mendonça; com o ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna; com o presidente da Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas, José Hélio Fernandes; e com o governador de Rondônia, Daniel Pereira .
Às 16h, Cármen Lúcia recebeu a antropóloga Débora Diniz, com quem tratou de alguns projetos em tramitação no Congresso. Às 18h, se reuniu com o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Jayme de Oliveira. (ABr / Pedro Peduzzi)