Brasília-DF - O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira, revelou nessa quarta-feira (16) que Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, declarou ter recebido como renda anual em 2008 a quantia de R$ 20,4 mil, referentes a atividades empresariais. Esse montante é considerado incompatível com os gastos de R$ 589,2 mil registrados em cartões de crédito daquele que é acusado de chefiar um esquema de jogos ilegais, corrupção e tráfico de influência.
“Está mais do que evidente a sonegação fiscal”, observou Randolfe, que, juntamente com seus assessores, já examinou quatro dos 41 volumes de documentos entregues à comissão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Ministério da Fazenda.
No caso do sigilo fiscal, são doze folhas e um CD, encaminhados pela sub-secretaria de Fiscalização do ministério na terça-feira (15). Já digitalizado, o material está disponível aos parlamentares e assessores na “sala secreta” da CPI, onde não são permitidas câmeras nem outros aparelhos eletrônicos.
O pedido de quebra do sigilo fiscal foi apresentado pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e se refere aos últimos 10 anos. As operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, cobrem o período de 2009 a 2001. (Agência Senado)