O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem (6), em Buenos Aires, que “faltam pequenos detalhes” para a conclusão de um acordo comercial entre União Europeia e o Mercosul. O presidente brasileiro faz, nesta quinta-feira, sua primeira visita oficial à Argentina, onde se reuniu com o líder do país vizinho, Maurício Macri, na Casa Rosada, sede do Poder Executivo local.

“Faltam pequenos detalhes. É importante para os dois países. Tá faltando a questão dos vinhos, laticínios, algumas coisinhas que o Paulo Guedes já entrou em campo e nós vamos resolver essa questão para as próximas semanas”, disse Bolsonaro a jornalistas, após se reunir com Macri.
A União Europeia e o Mercosul (bloco econômico formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela – que está temporariamente suspensa) negociam um acordo de livre comércio há 20 anos. A assinatura foi adiada durante todo esse período em razão, principalmente, da resistência de setores industriais e agrícolas dos dois lados. A expectativa do governo brasileiro é de que um desfecho para a negociação posse ser alcançado ainda neste semestre.
Venezuela - Bolsonaro também voltou a falar sobre a situação da Venezuela, um dos temas tratados entre ele e Maurício Macri durante a reunião que tiveram. Os dois presidentes não reconhecem o governo de Nicolás Maduro e, desde o início do ano, consideram como líder legítimo do país o autoprocolamado presidente venezuelano Juan Guaidó, que é o líder da Assembleia Nacional do país.  
“É difícil você acabar com uma ditadura. Lá, a gente espera que haja uma rachadura na cúpula do Exército venezuelano, caso contrário fica complicado trazer a normalidade para a região”, disse o presidente brasileiro.
Ainda segundo Bolsonaro, está sendo acertada, durante o encontro do G20 (grupo que reúne os líderes das 20 nações mais ricas do mundo) uma reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e os presidentes dos quatro países da América do Sul integram o G20 (Brasil, Argentina, Chile e México). O encontro ocorrerá nos dias 28 e 29 de junho, no Japão.
Previdência -  Questionado sobre divergência entre parlamentares sobre a inclusão de estados e municípios na reforma da Previdência, Bolsonaro reconheceu que o tema gera desgaste, mas defendeu que mudança nas regras da aposentadoria alcance todos os entes federativos. “Tem desgaste a Previdência? Tem, mas todo mundo tem que estar no mesmo barco. Acho que eles [deputados] vão ceder e vai ser como nós gostaríamos que fosse, realmente: uma reforma que pegue todo mundo e com o voto de todos os partidos”, disse. (Agência Brasil)