SÃO LUÍS - Cerca de 120 empresários de micro, médias e pequenas empresas maranhenses assistiram na última terça (26/05) pelo site da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão, a videoconferência "Acesso às Linhas de Crédito Emergenciais no Maranhão" com a participação de representantes do Banco do Brasil (BB), Caixa, Banco do Nordeste (BNB), Banco da Amazônia (Basa) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A ação virtual de aproximação dos bancos com os empreendedores maranhenses foi uma iniciativa do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) da FIEMA e teve o objetivo de tentar sanar as dúvidas dos empresários sobre as linhas emergenciais de crédito lançadas pelos bancos, com foco principalmente em pequenas e médias empresas nesse período de pandemia.
A videoconferência foi moderada pelo superintendente da Federação, Cesar Miranda e contou com a participação da economista e gerente do Departamento de Clientes e Relacionamento Institucional do BNDES, Fernanda Garavini, dos superintendentes/gerentes de bancos públicos e privados no estado: Hailton Fortes (BNB), Diego Lima (BASA), Silvia Leandra e Antonio Nayrton (CAIXA) e Evandro Mendes e Fernando Queiroz (Banco do Brasil).
Durante aproximadamente 2 horas e meia, os representantes dos bancos apresentaram suas linhas de crédito e algumas soluções específicas para esse período de pandemia, entre elas, a prorrogação de parcelas, adiamento de boletos e crédito para folha de pagamento.
Dificuldades - "Taxas de juros acima da Selic, exigências de garantias reais, não operacionalização das linhas de crédito do BNDES pelos bancos e o fato da folha de pagamento ser atrelada ao banco antes da pandemia, têm sido algumas dificuldades e dúvidas do empresariado", destacou o superintendente da FIEMA, Cesar Miranda.
O superintendente do Banco do Brasil no Maranhão, Evandro Mendes, destacou que o banco está trabalhando de forma intensa para sanar as dúvidas dos clientes. "Estamos com uma demanda muito grande, mas já firmamos uma parceria com o NAC/FIEMA para atender todos os empresários que porventura tiveram alguma dificuldade de acesso ao banco para tentar resolver essa situação!".
O superintendente estadual do BNB, Hailton Fortes ressaltou que o banco expandiu suas linhas de crédito, principalmente com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e que o banco na contramão do mercado não exige mais garantias reais para linhas de crédito de até 100 mil reais.
"Estamos trabalhando com diversos decretos estaduais e federais que limitam a nossa ação, entretanto tivemos um aumento exponencial e sobrecarga nas demandas. Estamos simplificando medidas para melhorar o atendimento e atender a todas essas iniciativas dos empresários", destacou Fortes.
O superintendente do Banco da Amazônia no Maranhão, Diego Lima, explicou que o BASA está se adaptando a essa nova realidade e lançando soluções específicas. "Esse momento é ímpar e sem precedentes onde precisamos ter a prioridade de fazer com que nossos clientes saiam dessa crise!", destacou Lima que falou do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) Emergencial - COVID-19 que promove a recuperação e a preservação das atividades econômicas nos setores produtivos, industrial, comercial e de serviços, em municípios com estado de calamidade pública decretada na área de atuação do FNO, que compreende a região amazônica, incluindo o Maranhão.
Educação Financeira - A economista e gerente do Departamento de Clientes e Relacionamento Institucional do BNDES, Fernanda Garavini além de falar das linhas de crédito e do cartão BNDES ressaltou que é importante que o empresário chegue ao banco com o seu "dever de casa" bem feito.
"É fundamental que o empresário conheça as linhas de crédito, do banco dele e dos concorrentes, saiba de fato qual a sua necessidade. Tipo do uso do dinheiro, verifique se tem alguma restrição. Porque isso passa segurança ao gerente do banco na hora da solicitação do crédito", enfatizou Garavini, que parabenizou a FIEMA pela realização do encontro virtual.
Parceria - A superintendente da Caixa no Maranhão, Silvia Regina ressaltou a parceria firmada com a FIEMA nesse momento de crise. "Estamos à frente do pagamento do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEM) , concedido pelo Governo Federal aos trabalhadores que tiveram redução de jornada de trabalho e de salário ou suspensão temporária do contrato de trabalho em função da crise causada pela pandemia do Coronavírus, mas também estamos atendendo os empresários por meio do Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (FAMPE), que garante 80% de crédito para empresas com faturamento anual de até R$ 4.8 milhões, numa parceria da CAIXA com o Sebrae que oferece taxas entre 1,19% a 1,59% ao mês, dependendo do tamanho da empresa, com uma carência de até 12 meses para começar a pagar"", destacou Silvia.
Para o presidente do Conselho Temático de Micro e Pequenas Empresas da FIEMA e vice-presidente da Federação, Celso Gonçalo, "a videoconferência foi muito esclarecedora. A FIEMA, por meio do NAC está de parabéns. Os bancos demonstraram preocupação em atender principalmente as pequenas empresas e esperamos que melhore bastante essa questão de acesso ao crédito. No Maranhão temos 240 mil CNPJ e apenas 2.400 estão aptos para o crédito. Temos muito espaço para crescer!", ressaltou Gonçalo.
Ao final da videoconferência, o superintendente da FIEMA, Cesar Miranda agradeceu a participação dos bancos convidados e destacou o papel fundamental do NAC/FIEMA, no empenho de ajudar os empresários maranhenses.
"Fizemos encontros dos sindicatos com o BNB, Caixa e Basa. E esse momento agora com os demais bancos e os empresários. Só comprova a nossa ação efetiva nesse tempo de pandemia!", finalizou o superintendente da FIEMA. (Coordenadoria de Comunicação e Eventos da FIEMA)
Publicado em Política na Edição Nº 16640
BNDES, BNB, Basa, Caixa e BB apresentam linhas de crédito emergenciais para micro e pequenas...
Ação contou com a participação virtual de 120 empresários maranhenses
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