Governador Flávio Dino participou do Diálogos Capitais

Os riscos das privatizações desenfreadas e a importância da manutenção de bancos e fontes públicas de incentivo ao desenvolvimento do país foram alguns dos temas defendidos pelo governador Flávio Dino na edição maranhense do Diálogos Capitais. O evento, que já passou por cidades como São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Teresina (PI), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Natal (RN), foi realizado em São Luís nessa segunda-feira (14), no Convento das Mercês.

Também participaram como debatedores o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Jair Pedro Ferreira; o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Maranhão (Sinduscon-MA), Fábio Nahuz; e a professora do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (CEFET-RJ), Elika Takimoto. O encontro foi mediado pela gestora de políticas públicas Luciana Soares.
"É uma questão essencial para o desenvolvimento do país e, claro, também para o Maranhão", declarou o governador.
"Tenho defendido, há alguns anos, que o Brasil só vai conseguir incluir no desenvolvimento largas parcelas do nosso povo, e isso se refere também ao nosso estado, na medida em que tivermos esses bancos públicos abertos, acessíveis, indutores de desenvolvimento e que financiem programas sociais, a exemplo do Minha Casa Minha Vida e a agricultura familiar", completou Flávio Dino.
Responsáveis por mais de 85% dos financiamentos imobiliários realizados no Maranhão, os bancos públicos também administram importantes programas sociais como o Bolsa Família.
O governador destacou ainda o interesse público na discussão sobre as privatizações: "Por isso minha presença aqui, a defesa dos interesses do povo do Maranhão, para que esses bancos públicos continuem a atuar em nosso estado e em nosso país".

Diálogos
Promovido pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal, em parceria com a revista Carta Capital, o Diálogos Capitais tem percorrido diferentes cidades. Com o tema "Bancos públicos sob ataque: desafios, riscos e perspectivas", o evento trouxe reflexões sobre as privatizações prometidas pelo Governo Federal.
O presidente da Fenae destacou o papel desempenhado pelos bancos na geração de emprego e renda.
"Esses bancos cumprem um papel de geração de emprego e renda nas cidades, nas sociedades, como um todo. Hoje a Caixa, no mercado brasileiro, é responsável por 70% de todo financiamento habitacional. Aqui no Maranhão, esse total vai para 85%; o Banco do Brasil faz mais 15% e o BNB faz outra parcela. Em todo o país, 70% dos financiamentos imobiliários são feitos pela Caixa", afirmou.
"Por isso, estamos trazendo essa discussão para a sociedade. Quem vai financiar a habitação, quem é que vai arrumar recursos para o saneamento, para o desenvolvimento da cidade, para melhorar a cidade, e melhorar a vida das pessoas?", questionou Jair Ferreira.
Fábio Nahuz, representante da indústria da construção civil no evento, também falou da preocupação do mercado.
"A gente está sempre alerta a essas movimentações porque esses bancos, principalmente a Caixa Econômica, é um grande fomentador da nossa indústria, a da construção civil, que é a mais forte do Maranhão, por isso consideramos de extrema importância a permanência e o fomento desses bancos principalmente em nosso estado", completou Nahuz.