Coordenador da Bancada Federal do Maranhão, deputado Pedro Fernandes, ao lado do 1º vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão, e do presidente da FIEMA, Edilson Baldez, e do vice-presidente da FIEMA, Cláudio Azevedo, durante reunião da bancada p

SÃO LUÍS - A Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), representada pelo presidente Edilson Baldez das Neves e pelo vice-presidente Cláudio Azevedo, participou como convidada de uma reunião em Brasília para tratar da política de ajuste fiscal proposta pelo Governo Federal que atinge o Sistema S.

A reunião foi convocada pelo coordenador da Bancada Federal do Maranhão, Pedro Fernandes (PTB), aos demais parlamentares e aconteceu na Sala de Comissões da Câmara Federal, na última terça-feira (29). Diversas confederações e federações de todos os Estados se articularão em favor do Sistema S, que se encontra ameaçado de um confisco de 30%, pelo ajuste fiscal que o governo federal está propondo.
Edilson Baldez elencou resumidamente o trabalho que o Sistema tem realizado no estado. "Temos unidades em São Luís, Bacabal, Rosário, Caxias, Balsas, Imperatriz, Açailândia, mas atendemos todo o Maranhão com unidades móveis motorizadas ou levando equipamentos e usando salas disponibilizadas pelas prefeituras. Temos convênio com mais de 50% dos municípios do Estado. Temos interiorizado muito nossas ações com diversos cursos na área da indústria. Quando uma grande indústria vai instalar em algum município, ela nos procura para capacitarmos os moradores. Não podemos parar algo que está dando certo", afirmou Baldez.
O coordenador da Bancada Federal destacou a importância do Sistema S para o Brasil. "O Sistema S leva educação de qualidade para todo o Brasil e nos preocupa muito esse corte. Mas ficamos sabendo que já houve um recuo por parte do governo. Uma pátria educadora não pode mexer nos recursos da educação. Ainda tem a indústria do Conhecimento que tem grande aceitação nos municípios. É um programa de inclusão digital que realmente funciona", disse Pedro Fernandes.
O senador Roberto Rocha (PSB) garantiu a adesão ao movimento e seu total apoio. "Assino e declaro meu apoio à causa. Temos que manter a unidade da indústria e do comércio e o setor produtivo tem que cobrar do governo, e não ser cobrado".
Logo depois da reunião, foi assinado, de forma unânime por todos os parlamentares da bancada federal do Maranhão, um manifesto de apoio contra a medida do governo federal de redução das contribuições do Sistema S.
Baldez afirmou ainda que "rejeitamos qualquer aumento de impostos" e concordou que "é preciso fazer cortes, mas não na indústria que gera empregos, renda, tributos e promove o ensino de qualidade em todos os níveis".
"Se essa redução for feita, teremos que realizar demissões, fechamentos de unidades e cancelamentos de projetos", disse o presidente da FIEMA, ressaltando ainda que a política atual já vem promovendo constantes cortes nos repasses ao Sistema S, com a queda no número de empregos e a perda de produtividade.