O prefeito de Imperatriz, Francisco de Assis Ramos, divulgou na manhã desta segunda-feira,13, que através de seu advogado Daniel Endrigo Macedo, entrou com um pedido junto ao Ministério Público Federal, MPF, para que este apure as supostas denúncias contra ele alardeadas nos últimos dias pelo presidente da Câmara Municipal de Imperatriz, José Carlos Soares Barros.
Afirmando que "quem não deve não teme", Assis quer que o MPF apure minuciosamente as afirmações feitas pelo chefe do legislativo municipal de que o prefeito teria recebido recurso federal "para vender sua filiação ao Partido Democratas, DEM, e que teria desviado esses recursos, na ordem de R$ 43.000.000,00 (quarenta e três milhões de reais)".
Segundo a representação, o presidente da Câmara, em vídeos nas redes sociais, entrevistas e matérias de blogs, diz que a verba, enviada pelo Ministro da Saúde Luís Carlos Mandetta, por interveniência do deputado federal Juscelino Resende Filho, "foi utilizada para desvios de toda ordem", e, ainda, que o dinheiro "sumiu ligeiro demais com compras de notas fiscais, pagamentos indevidos e a maior roubalheira que a cidade já viu".
"Eu tenho consciência dos atos que cometi na gestão municipal. E dentro desses atos não tem nenhum desvio de verba pública, pelo contrário, zelamos para que não haja nenhum desvio, pois esse foi o compromisso que fizemos com povo, e assim nós estamos fazendo. Então, se ele afirma que existe desvio, que seja investigado", disse Assis Ramos.
Segundo o prefeito, sua decisão de pedir ao MPF essa apuração é uma manifestação de um cidadão que com mais 20 anos de serviço público se sente na obrigação de não aceitar que sua reputação seja vilipendiada de maneira tão infame, por questões meramente políticas ou eleitoreiras.
"Ora não é porque você é uma autoridade que você pode sair atirando contra a honra das pessoas, contra toda a história de quem sempre combateu a criminalidade e que tem uma vida limpa. Por isso, eu sempre busco a Justiça contra todas as narrativas caluniosas que fazem a meu respeito ou a minha gestão, seja o chefe do Legislativo, um cidadão comum, ou até mesmo um blogueiro de quinta categoria. Qualquer pessoa, falou vai ter que apresentar as provas!" .
Sobre a alegação de que a CPI da Saúde foi barrada, Assis Ramos diz que isso só aconteceu porque a Justiça encontrou falhas grosseiras no procedimento legislativo, mas que isso não impede que a Câmara siga com as denúncias aos órgãos competentes para a apuração devida.
"Não fui eu que barrei a CPI, quem barrou foi a Justiça, pois era uma coisa sem nexo, uma armação, apenas para fazerem palanque político. Quem decidiu barrar foi a Justiça, diante de falhas grosseiras no procedimento que eles abriram. Agora eles têm certeza? Pois pronto, enviem para os órgãos competentes, neste caso os Ministérios Públicos Estadual e Federal. Tenho certeza, se tiver cabimento eles vão seguir com as investigações. Assim como se não tiver, tanto esses órgãos, como eu, tomaremos as providências cabíveis contra as denúncias infundadas", garante Assis.
Finalizando, Assis "alertou aos navegantes" que continuará buscando a Justiça, sempre que sua honra for atacada: "Nós estamos num estado de direito, existe a liberdade de expressão, as imunidades no que tange as prerrogativas parlamentares, mas não é assim, chegar e tentar levianamente macular a honra de uma pessoa que nunca respondeu e não responde nenhum processo por corrupção".
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