Illya Nathasje

O prefeito eleito, Assis Ramos, reafirmou na manhã de ontem os compromissos assumidos com a população de Imperatriz. Atendeu a convite da mesa diretora da Câmara Municipal. No  pronunciamento, de improviso, afirmou que seu único compromisso é com quem o elegeu, ou seja, o povo de Imperatriz. Ressaltando que a campanha acabou, que a disputa ficou para trás, garantiu que como prefeito da cidade "vou administrar para todos".
Por mais que a frase ecoe como chavão, pronunciada que sempre foi por onze entre dez eleitos, não deixa de ser um bom sinal ouvi-la, principalmente porque o resultado da eleição ainda suscita dúvidas, gera muitas perguntas de como será o futuro governo. Natural que existam. Assis é um neófito em política, seu pensar sobre o coletivo/direito difuso, sobre conquistas e gênero, menos ainda sobre gestão pública, jamais havia sido manifestado. Apesar de servidor vem de um setor onde manda quem pode e obedece quem tem juízo. Diferente da convivência com os meandros, firulas, que envolvem a política e por consequência  a administração pública.
É sabido que parte menor do bolo, um município por sua falta de autonomia financeira vive o ponto de desequilíbrio em sua dependência do Estado e da União. 
Ao se pronunciar afirmando que vai procurar o governador do Estado, mais que  apontar para o entendimento de que a gestão deve ser compartilhada entre os entes, denota que construir pontes é uma necessidade que urge, o futuro gestor mostra também que a sua alegria e euforia pela vitória não o afastou do peso da responsabilidade que é administrar Imperatriz. 
Uma cidade que sabe cobrar o preço da decepção ou da frustração, mas que sabe vencer os desafios e obstáculos para além dos quatro anos de um mandato.
Nascido no PMDB, o então candidato soube agir com inteligência afastando do seu caminho as inutilidades provocativas daqueles que na campanha tentavam colocar um "bigode" em sua face. Esses, uns idiotas, que insistem em se vender como puristas, como se o pecado não estivesse ao lado, quiçá não fosse o próprio uma fonte inesgotável. 
Não há partidos, sem alhos e bugalhos.
É muito sintomático que Imperatriz, que já foi um dia a Terra da Pistolagem, não passe a ser a Terra do Delegado. Vai depender de todos. Da omissão ou da participação. Se o prefeito eleito diz em alto e bom tom que quer e vai administrar com a cidade é hora dos que podem contribuir, caminharem ao encontro. Oferecerem suas ideias e deixar de lado seus "ideais".