São Luís - O deputado Jota Pinto (PR) anunciou, na sessão dessa quinta-feira (16), que diante da gravidade dos abusos praticados pelos planos de saúde contra os usuários, vai ocorrer, no dia 22 de março, a audiência pública que pretende discutir a questão.
Autor da proposta, Pinto recebeu o apoio de diversos parlamentares e o presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo (PMDB), sensibilizado com o assunto, deu garantias ao autor de que a Casa vai dar todo apoio logístico para que a audiência seja realizada e assim evite que a população continue sendo explorada.
Arnaldo Melo disse, após o discurso de Jota Pinto, que a Presidência se associa às pretensões do colega de plenário no propósito de fazer a audiência pública e que a Mesa Diretora vai colocar à disposição todos os meios em defesa da saúde pública, como as comissões técnicas e assessoria, para que a audiência obtenha sucesso e garanta proteção à saúde da população. Pinto havia dito que os planos de saúde estão cometendo abusos inaceitáveis contra os usuários.
O deputado Jota Pinto contou que conversou com o presidente da Comissão de Saúde, André Fufuca, sobre a data da audiência, e ele concordou porque “a situação é gravíssima”. O parlamentar disse que as empresas de planos de saúde enganam os clientes, quando fornecem uma lista com centenas de médicos supostamente credenciados, mas, quando procurados, pelo menos 50% estão descredenciados.
O próprio deputado do PR revelou que recentemente levou a filha a um hospital, mas o atendimento pelo plano estava suspenso e ele teve que pagar pelo procedimento. A deputada Eliziane Gama (PPS) contou que algo semelhante aconteceu com ela. A deputada afirmou que levou a mãe à UDI, mas somente lá ficou sabendo que o hospital havia saído da Unimed, obrigando-lhe a pagar, se quisesse atendimento para a mãe.
O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, deputado Zé Carlos (PT), colocou também a comissão à disposição para ajudar na realização da audiência pública. Jota Pinto disse que já conversou com o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Abdom Murad, sobre a questão e que o Procon, o Ministério Público e representante das empresas vão participar da audiência.
“O usuário não pode pagar um plano de saúde e não ter atendimento. É um abuso muito grande, que não podemos mais conviver e aceitar esse desrespeito ao cidadão. Quando o cidadão paga um plano, está fazendo investimento na sua saúde”, afirmou Jota Pinto.
Publicado em Política na Edição Nº 14332
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