
Atualmente, 70% da energia fornecida ao consumidor é de origem hidráulica. Essas fontes demandam de 3 a 7 anos para serem completamente construídas e têm vida útil de cerca de cinquenta anos, sem contar os impactos ambientais na fauna e na flora, além da realocação dos povos ribeirinhos nas zonas afetadas pelas barragens, que são deslocados para outras áreas e têm dificuldade de adaptação às novas atividades econômicas, uma vez que seu cotidiano e atividades de subsistência estão atreladas na relação com o rio.
Muito embora seja este um modelo energético renovável, isso não quer dizer que seja sustentável e aplicável em grande escala ao redor do mundo, uma vez que causaria impactos naturais e desequilíbrios ecológicos graves. Assim como a energia nuclear, que é altamente nociva e demanda altos custos com segurança, devido aos cuidados necessários para evitar danos irreversíveis e outros modelos não renováveis, como a produção energética na biomassa.
Torres afirma que “a energia solar tem emissão zero de poluentes e nenhum impacto ambiental, ao contrário de fontes não renováveis. Estamos numa das zonas de maior irradiação solar do hemisfério sul e esta é uma alternativa para redução de custos e de diversificação energética. Nós precisamos desenvolver formas sustentáveis e soluções baratas aos consumidores. É preciso lembrar, ainda, que temos um país baseado num modelo energético surgido no fim do século XIX. Mas colocando a energia solar como modelo compensatório, reduziremos o valor das contas e caminharemos para um modelo não somente econômico, mas também sustentável.”
“O Brasil possui um vasto território com incidência de sol e ventos, que favorecem, por sua vez, positivamente, investimentos nestas fontes de energias renováveis. Uma das principais vantagens da instalação de energia solar é a descentralização da produção de energia no Brasil, e, também, o fato do consumidor e empresas produzirem eletricidade localmente”, diz Torres.
De acordo com Torres, isso representaria mais independência para os consumidores e empresas, já que se mostra como uma solução viável para fugir dos custos altos de distribuição e taxas sobre o valor da energia no Brasil, que são abusivas. (Assessoria)
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