O deputado Antônio Pereira (DEM) - membro da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias da Assembleia Legislativa - prometeu nessa segunda-feira (14) que vai acionar o Congresso Nacional, o Tribunal da Justiça, o Incra, o Ibama e o Iterma para resolver o grave problema fundiário enfrentado por cerca de 500 pessoas de 100 famílias de lavradores do município de Vila Nova dos Martírios, despejados das terras onde viviam e trabalhavam há mais de 30 anos pela mineradora Vale e pela Suzano Celulose.
A decisão foi tomada depois que o deputado Antônio Pereira participou, na última quinta-feira (10), no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) do município de Vila Nova dos Martírios, de uma grande audiência pública promovida, a seu pedido, pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. Os trabalhos foram dirigidos pelo presidente da Comissão, deputado Bira do Pindaré (PT), que acatou a iniciativa.
Durante a audiência, o democrata foi informado que as famílias, que antes moravam e trabalhavam nos povoados “Deus Proteja” e Cuverlândia, estão passando necessidades e jogadas na rua. Os lavradores denunciaram que foram expulsos injustamente, porque a Vale e a Suzano alegam a posse da terra, mas deveriam conceder compensação para todas as famílias. “Vamos mediar e tentar resolver esse impasse, que traz graves problemas sociais para Vila Nova dos Martírios”, afirmou o deputado.
Por outro lado, o ex-prefeito de Vila Nova dos Martírios, João Pinto, reclamou que a Vale e a Suzano trouxeram grandes problemas sociais para Vila Nova dos Martírios, principalmente para as comunidades rurais, que agora protagonizam cenas de despejo de lavradores de suas casas e destruição das plantações, que serviam de sustento para milhares de pessoas. “O INCRA e o IBAMA deviam defender os lavradores, mas multaram a Associação em R$ 50 mil”, lamenta.
Presentes
Também participaram da audiência pública o prefeito de Vila Nova dos Martírios, Welington Moreira Pinto (PR), a presidente da Câmara de Vila Nova dos Martírios, Maria Sousa, o advogado dos posseiros, Amadeus Pereira, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vila Nova dos Martírios, Natal Silva, o representante da Igreja Católica, Francisco de Souza, e centenas de populares. Todos pediram a mobilização dos poderes constituídos em favor das famílias de lavradores. (Assecom)
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