O candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) disse ontem (16), em São Paulo, que pretende criar um programa, chamado Poupança Jovem, para que os jovens possam concluir o ensino médio. “Vamos implementar o Poupança Jovem, que dá uma bolsa de estudos para que o jovem possa completar o ensino médio nas áreas de maior vulnerabilidade social”, disse. A ideia é oferecer uma bolsa de um salário mínimo para que os jovens possam concluir o ensino médio.
Um dos objetivos do programa, segundo o candidato, é contribuir para a diminuição do número de mortes de jovens no país. “Recebi ontem um relatório da Unicef [Fundo das Nações Unidas para a Infância] que tem um número avassalador. O Brasil vê morrer assassinado um adolescente por hora. São 24 adolescentes que morrem assassinados no Brasil a cada dia. Esse é um tema que deveríamos estar tratando nessa campanha. Apenas a Nigéria vê morrer mais jovens que o Brasil. Para [combater] isso, o primeiro passo é garantir que esses jovens estejam na escola”, disse Aécio Neves, em entrevista à imprensa concedida na tarde de hoje em na produtora de sua campanha.
Sua principal proposta na área de educação é de criar o que ele chama de “nova escola brasileira”, com “professores qualificados e mais bem remunerados” e oferecendo “um novo currículo, e adaptada para as realidades de cada uma das regiões brasileiras”, disse.
Para reduzir as mortes de jovens, Aécio também propõe um programa, chamado de Fica Vivo, que já foi implementado por ele em Minas Gerais. O programa foi criado em 2003 e oferece oficinas nas áreas de esporte, arte e cultura para jovens entre 12 e 24 anos, em situação de risco social. “Vamos implementar o Fica Vivo, projeto que fizemos em Minas Gerais e que reduziu, pela metade, o número de assassinatos de jovens. É um projeto que abre espaços públicos para que os jovens, após suas aulas normais, possam ali exercer as mais variadas atividades e, portanto, estarem se protegendo das drogas”, ressaltou.
Aécio disse que, caso eleito, ainda pretende investir em segurança para “cuidar das fronteiras, coibir o tráfico de drogas, mexer no Código Penal para acabar com a impunidade” e que “vai criar políticas de reintegração e socialização de jovens em um volume maior do que existe hoje”.
Durante a entrevista, o candidato também negou que, enquanto governador de Minas Gerais, tenha deixado de investir R$ 7,6 bilhões na saúde. “A informação de que não foram investidos R$ 7 bilhões na saúde é mentirosa. Cumprimos o que definia o Tribunal de Contas de Minas Gerais. Cumprimos a lei em tudo”, disse. (Agência Brasil)
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