O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, criticou, em Maceió (AL), as declarações dadas pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) durante solenidade no Palácio do Planalto, em que convocou a militância do PT a sair às ruas com armas na mão.
Aécio disse que o Brasil assistiu com perplexidade à declaração feita na presença da presidente da República, sem que ela contestasse a grave incitação à violência feita na sede do governo. O senador disse que os brasileiros sairão às ruas neste domingo (16), nas manifestações marcadas contra o governo, levando como arma a Constituição brasileira.
“O Brasil assistiu com perplexidade à declaração, na sede do governo nacional, no Palácio do Planalto, na presença da senhora presidente da República, e sem que ela fizesse qualquer contestação, a palavra de um dirigente sindical, conclamando seus companheiros a se entrincheirarem e pegarem em armas. Quero dizer ao presidente da CUT e, principalmente aos brasileiros, que nós não vamos nos entrincheirar, nós vamos de cabeça erguida para as ruas de todo o Brasil no próximo domingo, levando como nossa única arma a Constituição do Brasil. Essa é a arma de que dispomos para fazer com que a lei seja cumprida”, afirmou.
O presidente nacional do partido também ressaltou que a oposição não se intimidará com as ameaças do presidente da CUT e de setores do PT. Aécio disse que o PSDB seguirá agindo de forma pacífica e corajosa em defesa dos interesses do país e da democracia. A saída para a grave crise que o Brasil atravessa, ressaltou Aécio, passa pela Constituição.
“Para nós, qualquer que seja o desfecho dessa gravíssima crise, inclusive se a presidente readquirir as condições de governabilidade e continuar no cargo, tem que ser pela via constitucional. O que não aceitamos é que a defesa da Constituição que fazemos, e isso passa pela defesa das decisões dos tribunais, possa ser chamada, como têm chamado alguns que perderam o discurso, de tentativa golpista. Somos na verdade formuladores, junto com outras forças políticas, da atual Constituição. Diferente do PT, louvamos a Constituição, assinamos a Constituição e vamos fazê-la cumprir”, ressaltou Aécio Neves, lembrando que o PT se recusou, em 1988, a assinar o texto da atual Constituição.
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