O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse nessa terça-feira (11) que os pedidos de diligência cumpridos na manhã de ontem pela Polícia Federal em seus endereços foram “absolutamente desnecessários” e que as investigações vão comprovar que as doações feitas à campanha dele à Presidência em 2014 ocorreram de forma correta.

Aécio chamou a imprensa para falar sobre a Operação Ross, deflagrada ontem, que autorizou o cumprimento de mais de 20 mandados de busca e apreensão em residências ligadas a Aécio e a outros parlamentares.
”O maior interessado em esclarecer todas essas questões sempre fui eu. Sempre estive à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos devidos. As doações à campanha eleitoral, feitas em 2014 de forma legal, foram provadas pela Justiça Eleitoral sem absolutamente qualquer contrapartida”, disse. Segundo o parlamentar, não se pode mais aceitar que “delações de criminosos confessos e suas versões se sobreponham aos fatos”.
Aécio Neves informou que os advogados estão em contato com o delegado da PF responsável pela marcação do depoimento, que ele quer que ocorra “o mais rapidamente possível”. Citando o empresário Joesley Batista, ex-presidente do grupo JBS, o senador disse que nunca beneficiou a família, nem quando era governador de Minas Gerais. Aécio ressaltou que, na época, inclusive, o governo estadual chegou a autuar o grupo pelo recolhimento irregular de impostos.
“Delatores, em busca da manutenção da sua incrível imunidade penal, falseiam as informações e transformam algo lícito, legal, [em algo] com aparência de crime. Não houve nenhuma ilicitude. Chega de tentar transformar a realidade em benefícios para esses delatores. Tenho absoluta confiança na Justiça. A seriedade dessas apurações vai mostrar o que foi feito de forma correta, não apenas em relação ao PSDB, mas a outros partidos políticos. Criminalizar a doação que era legal é um desserviço à verdade e à Justiça”, afirmou.
Mais cedo, o advogado de Aécio, Alberto Toron, havia dito que o parlamentar “sempre esteve” à disposição para prestar esclarecimentos e que a “correta e isenta investigação” vai apontar a verdade e a legalidade das doações.(Agência Brasil)