Brasília-DF – O advogado Délio Lins e Silva Junior, que defendeu o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas no julgamento do mensalão, admitiu ontem (10) que o esquema pode ter existido, mas sem a participação de seu cliente. Em uma linha de defesa destoante da maioria dos advogados, ele disse que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) têm que separar os “mensaleiros dos mensageiros”.
“Vocês viram a maioria dos advogados dizer que não existiu [o mensalão]. Se existiu ou não, Vossas Excelências decidam. Vocês que têm essa responsabilidade. O que me cabe é mostrar aqui que, se existiu, Lamas não participou”, disse o advogado. O ex-tesoureiro responde pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva, e 40 vezes pelo crime de lavagem de dinheiro.
Lamas é acusado de receber R$ 1 milhão do mensalão em nome do então presidente do PL (atual PR), Valdemar Costa Neto. A defesa admite que o ex-tesoureiro fez sete saques em nome do presidente do partido, mas que ele desconhecia a origem ilegal do dinheiro. “Ele achava que era para Valdemar Costa Neto pessoa física e, não, do partido. Razão pela qual, inclusive, o dinheiro não precisava ser contabilizado no partido”. (Agência Brasil)
Publicado em Política na Edição Nº 14476
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