Ministro Orlando Silva presta esclarecimentos sobre denúncias

Brasília-DF - O ministro do Esporte, Orlando Silva, negou ontem todas as denúncias publicadas contra ele e seu partido (PCdoB) na última edição da revista Veja de que haveria um esquema de desvio de dinheiro do programa Segundo Tempo. Segundo o ministro, as acusações feitas pelo policial militar do Distrito Federal João Dias Ferreira fazem parte de uma “trama, de uma narrativa falsa, fundada em mentiras”.
Orlando Silva anunciou que irá “às últimas consequências” contra o policial e a revista, a fim de conseguir reparação judicial pelos “danos morais” que teria sofrido.
Em audiência pública realizada pelas comissões de Turismo e Desporto; e de Fiscalização e Controle, o ministro contou com o apoio de dezenas de deputados da base governista.
“Desde ontem tomei algumas decisões para apurar os fatos. Pedi a abertura de inquérito na Polícia Federal para apurar tudo o que está registrado na revista, coloquei todos os meus sigilos à disposição, impetrei pedido no Ministério Público para abrir investigação e desnudar tudo o que está na reportagem; pedi audiência na Comissão de Ética Pública da Presidência da República”, declarou, sob aplausos de parte dos deputados.

“Interesses feridos”

Em relação ao denunciante, Orlando Silva o tratou como “desqualificado, criminoso, bandido”. O ministro apresentou documento que comprovaria irregularidades cometida pelo policial militar, que estaria “com os interesses feridos” por estar sendo investigado por irregularidades identificadas na fiscalização do próprio governo.
“Os convênios que orientaram toda a polêmica surgiram em 2005, o segundo em 2006. Eu era secretário-executivo do ministério, atendi ao João Dias como dirigente de uma entidade esportiva de uma região periférica de Brasília”, declarou. “A partir de 2007, começamos a fiscalização que apontou o não cumprimento do objetivo do convênio. Foi aberto o devido processo administrativo e ocorreram sucessivos pedidos protelatórios da prestação de contas. Não nos restou alternativa que não fosse executar o convênio e, desde 2008, o ministério atua para receber os recursos repassados para aquelas entidades”, acrescentou.