Marcele Silva foi assassinada pelo ex-namorado, sargento da PM

Em 2018, 20 casos de feminicídio já foram registrados no Maranhão, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Os dois últimos casos foram em São Luís e Imperatriz. Mulheres foram mortas por ex-namorados. Em 2017, a SSP registrou 50 casos de crimes de feminicídio.

Em São Luís, pelas informações de familiares e apuração policial, o sargento da Polícia Militar Marcos Vinícius Gomes Costa, de 43 anos, atraiu sua ex-namorada Marcele Cardoso da Silva, de 26 anos, para a casa onde estava morando, na Cohab, em São Luís, na noite de quarta-feira (6), e lá matou a mulher e depois se matou. Os corpos foram encontrados por parantes dos dois na manhã de quinta-feira (7).
“Nós ainda não temos conhecimento sobre a motivação, se foi ciúmes, se foi não aceitação de término de relacionamento. Tudo isso ainda vamos investigar. E ao final, possivelmente, iremos sugerir o arquivamento, tendo em vista a morte do autor”, disse a delegada do departamento de Feminicídio da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP).
Em Imperatriz, outro caso de feminicídio começou a ser esclarecido pela Polícia Civil, também nessa quinta-feira. Gabriel Everton Fontes da Silva, de 19 anos, é apontado pela polícia como autor do feminicídio contra sua ex-namorada, a adolescente E.C.O, de 16 anos. Ela estava desaparecida desde domingo e na quinta-feira, o delegado Eduardo Galvão informou que Gabriel da Silva confessou o crime e disse onde escondeu o corpo. Ele foi autuado por feminicídio e ocultação de cadáver.
Eduardo Galvão reiterou que Gabriel Everton é elemento de alta periculosidade e pode estar envolvido em outros assassinatos em Imperatriz. Existem ainda algumas vítimas desaparecidas e elas podem estar enterradas na mesma área onde o corpo da adolescente foi encontrado.
“Nós vamos fazer uma varredura no local com ele. As imagens são muito claras. Não há dúvida de que ele é o autor do crime”, afirmou o delegado Eduardo Galvão.
O inquérito aberto para apurar o caso da adolescente ainda está aberto, porque a polícia está buscando a apreensão de um menor que participou do crime. “Temos dez dias para concluir o inquérito e mandá-lo à Justiça”, disse o delegado.