A maioria das mulheres presas em Imperatriz se encontra na UPRI

Em Imperatriz, de acordo com levantamentos feitos por O PROGRESSO, estão encarceradas 28 mulheres.

Na Unidade Prisional de Ressocialização de Imperatriz (UPRI), antiga Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), estão 21 mulheres, sendo nove em prisão provisória, aquela em que o processo ainda está ‘rolando’; 6 em regime fechado, aquelas que já foram condenadas, e outras 6 em regime semiaberto, em que passam o dia trabalhando e se recolhem à prisão a partir das 18 horas.
Outras sete presas provisórias se encontram na Delegacia do 4º Distrito Policial, fechando o total de 28 detentas em Imperatriz.
Na Unidade Prisional de Ressocialização de Davinópolis (UPRD), não tem mulheres presas.
Tem aumentado o número de mulheres envolvidas com o tráfico de drogas em Imperatriz. Por conta disso, 90% das detentas que se encontram em unidades prisionais da cidade foram presas por tráfico de droga. De acordo com levantamentos feitos, a maioria começou influenciada por maridos ou namorados. Desse número, várias foram presas conduzindo drogas, as chamadas ‘mulas’.  
A polícia tem intensificado as operações de repressão ao tráfico e é cada vez maior o número de prisões de mulheres envolvidas com a comercialização da droga.
As mulheres que não conseguem resistir à tentação caem numa armadilha que muitas vezes só é percebida quando estão atrás das grades. Outra situação que vem sendo constatada pela polícia é um número cada vez maior de mulheres de traficantes que assumem o negócio quando o marido é preso. As ações de combate ao tráfico de drogas em Imperatriz resultaram, este ano, em várias prisões e autuações de mulheres por tráfico e associação para o tráfico de droga.

Número de mulheres
no crime aumentou

De acordo com pesquisas feitas, antes dos anos 70 e bem depois da antiguidade, os crimes mais praticados pelas mulheres eram os passionais. Já entre as décadas de 60 e 70, a figura da mulher aprisionada se revelava em duas faces: a da rebeldia e a delituosa. Assim, dividida de um lado, pelas questões políticas, onde o aprisionamento se dava em repúdio a ideologias e militâncias não aceitas pelo poder maior do Estado. Já do outro, lado também aprisionado, estavam as mulheres presas por práticas delituosas, sendo o crime de furto o maior tipificador a garantir mandatos de prisões e condenações pela prática.
Por ser considerada uma forma “mais acessível, rápida, de menor risco, pouca dedicação e solitária (sem a divisão do lucro, proveniente da rés furtiva, ou seja, não necessita de sócios ou sociedades/parcerias)”.
Conforme dados fornecidos pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça), cerca de vinte e oito mil mulheres cumprem pena em todo o país, ou seja, 5,0% a 6,0% do total de presos no Brasil, que somam hoje mais de quatrocentos e vinte mil.
O aumento de mulheres presas na última década se deu pelo grande número de condenações por posse, uso e tráfico de drogas. O perfil foi mudando, assim como os delitos.