Se este ano, em relação ao mesmo período do ano passado, diminuiu mais de 13% o número de homicídios em Imperatriz, no que se refere a assaltos aumentaram muito e vêm aumentando a cada ano.

Na atual conjuntura, em que os quartéis e delegacias estão sucateados, sem viaturas, armamentos, pouco contingente, entre outros itens indispensáveis para que os policiais possam realizar um bom trabalho, os números de assaltos diários em Imperatriz assustam. Esse número é elevado e pode ser muito maior, tendo em vista que muitas vítimas não registram ocorrência, temendo represálias dos bandidos.
Os usuários do posto de saúde da Vila Redenção I foram assaltados três vezes só esta semana. Normalmente, elementos, conduzindo motocicletas ou bicicletas, chegam e empunhando armas de fogo potentes e em pelo menos uma vez arma longa, rendem todos e roubam celulares, bolsas, dinheiro e joias de pessoas que procuram o posto para marcar consultas ou buscar um remédio. Bandos invadem residências, assaltam, ameaçam as famílias, roubam tudo, inclusive veículos. Quando fogem, ainda deixam as vítimas amarradas em um quarto ou no banheiro.
Nos últimos dias, já aconteceram mortes (latrocínios) durante assalto, como foram os casos do técnico em refrigeração Jefferson dos Santos Silva, 19 anos, que foi morto dentro de sua própria casa, no Imigrantes, e do comerciante Natal da Conceição, 55 anos, também morto durante um assalto no seu comércio, na Vila Zenira.
E o que chama a atenção é que a maioria dos assaltos que vêm ocorrendo em Imperatriz está sendo praticada por menores de idade. Ontem, policiais militares recapturaram um menor que tinha praticado vários assaltos com outros comparsas. Ele foi apreendido e estava cumprindo medidas socioeducativas na Funac, mas conseguiu pular o muro e fugir. O companheiro desse menor, que havia sido apreendido junto, também tentou fugir. Mas, ao pular o muro, sofreu entorse no tornozelo e foi recolocado na cela na Funac após ter sido medicado.
Ninguém mais está podendo ficar sentado na porta de casa, porque corre o risco de ser vítima de assalto. A Polícia fecha uma rua, realiza abordagens, principalmente a motoqueiros e ciclistas suspeitos, mas não está adiantando. E ainda tem a questão da impunidade, já que devido à fraqueza das leis, que dão muitas brechas, ninguém fica preso, como também não é condenado. Tem casos de pessoas que já foram presas várias vezes por assaltos e nunca teve uma sentença condenatória, sequer de serviços sociais.