Ueberth resolveu se apresentar atendendo apelo da polícia

O último foragido que participou da tentativa de chacina ocorrida no município de Bacabeira, fato que aconteceu no dia 1º de agosto deste ano, se entregou à polícia na tarde dessa terça-feira (5). Ueberth Luis da Silva Carvalho, conhecido como “Hebe”, compareceu à Delegacia de Polícia Civil daquela cidade acompanhado de um advogado, segundo as fontes.

De acordo com explicações do delegado Ednaldo Santos, que investiga o caso e preside o inquérito, Ueberth parece ter atendido aos apelos feitos pela polícia para que se apresentasse, tendo em vista que, dos seis envolvidos no crime, que deixou duas crianças mortas e dois jovens gravemente feridos, três se entregaram e compareceram à Delegacia de Bacabeira. Outros dois foram presos pouco depois da repercussão da tentativa de chacina. Em desfavor de “Hebe”, há um mandado de prisão preventiva, assim como contra os demais já encarcerados.
Na sexta-feira (1º), outros dois até então foragidos pela tentativa de chacina haviam se apresentado ao delegado Ednaldo Santos, sendo identificados como Cleferson de Jesus Machado Vilaça, o “Quefin”, e seu pai, Clairton Jorge Sousa Vilaça, o “Claudinho”.
A tentativa de chacina - Por volta das 9h do dia 1º de agosto deste ano, Romário, um adolescente de 16; Erisvan da Silva Costa, 12, e Roberto da Luz, 11, saíram da Vila Samara para o Campo de Perizes, às margens da BR-135, com o intuito, segundo o delegado Ednaldo, de furtarem porcos, mas, como não os encontraram, ficaram no local para caçar aves de nome Jaçanã, à beira de um açude. Pouco depois, foram cercados por um grupo de seis homens, liderados por Antônio Coelho, 79, o “Baixinho”, que, em setembro do ano passado, já havia alertado a não subtraírem animais de sua propriedade.
Ao fim desse cerco, as duas crianças foram mortas por “Baixinho” e seu neto, Cleferson Jesus Machado Vilaça, o “Quefin”. O idoso atirou à queima-roupa com espingarda nas costas de Erisvan, que estava de joelhos e ainda foi golpeado com arma branca, mesmo já praticamente morto. O outro, Roberto da Luz, não recebeu disparos, mas foi atingido covardemente com “facãozada” no pescoço. Os dois foram enterrados em uma cova rasa no mesmo Campo.
Já o adolescente de 16 foi baleado na boca do outro lado da rodovia, após ter corrido juntamente com Romário, que recebeu um tiro na perna direita e diversos golpes de facão em várias partes do corpo, principalmente no pescoço. Eles dois, felizmente, sobreviveram ao ataque depois de, respectivamente, serem resgatados por um caminhoneiro e por uma guarnição do Corpo de Bombeiros que trafegavam pela BR-135, para onde caminharam mesmo ensanguentados.