Erinaldo Almeida, se sobreviver, pode ficar paraplégico

Uma troca de tiros, na fim da manhã dessa quinta-feira (31), deixou um policial civil e um presidiário feridos dentro do Fórum Desembargador Sarney Costa, na Avenida Professor Carlos Cunha, no Calhau, na capital maranhense.

O investigador da Polícia Civil, Enedias Chagas Neto, estava no Fórum sendo testemunha em um caso quando foi alvejado com um tiro no pescoço pelo presidiário Erinaldo Almeida Soeiro. O preso acabou sendo baleado pelo policial Enedias, que mesmo no chão reagiu.
Erinaldo está internado no Hospital Clementino Moura (Socorrão I), onde passou por uma delicada cirurgia, já que a bala se alojou na coluna vertebral, e corre o risco de ficar paraplégico. Já o investigador Enedias Chagas não corre risco de morte.
O delegado do Departamento de Narcóticos (Denarc), Cláudio Mendes, estava no local quando o crime aconteceu. Segundo o delegado, ele e o investigador estavam na sala de audiência na 2ª Vara de Entorpecentes no Fórum, onde eram testemunhas de um processo. Em determinado momento, o juiz pediu que o policial Enedias se retirasse da sala para que fosse ouvida uma testemunha.
“Trinta segundos depois que o policial saiu da sala de audiência, eu ouvi cinco disparos de arma de fogo vindos do corredor. Quando saí, me deparei com um homem deitado no chão sangrando e o policial Enedias deitado no final do corredor”, explicou o delegado Cláudio Mendes.
Ainda de acordo com Cláudio Mendes, os agentes penitenciários que estavam no local disseram que o preso estava em uma sala de audiência ao lado e, como não tinha algemas, tomou as armas dos agentes, uma pistola e um revólver, e saiu disparando.
Segundo o delegado, o policial Enedias foi alvejado no pescoço, mas não corre risco de morte, pois o tiro só atingiu músculos.
De acordo com um promotor, que não quis se identificar, Erinaldo estava algemado no Fórum, mas foi conduzido a uma sala separada para assinar uns documentos. No momento em que o agente penitenciário tirou as algemas do preso para ele assinar os papéis, Erinaldo tomou as armas dos agentes.
Erinaldo Almeida Soeiro é acusado de ser o executor dos irmãos e empresários José Mauro Alves Queiroz, de 57 anos, e José Queiroz Filho, 68 anos. O crime aconteceu no dia 11 de janeiro de 2012. Os irmãos eram proprietários da empresa Replub Ltda., especializada na compra e venda de óleo reciclado, localizado no Distrito Industrial de São Luís.
Segundo a polícia, Erinaldo teria matado, também, um preso identificado como Jhonatan da Silva Luz Ferreira, conhecido como “Jocozinho”, de 20 anos, dentro da Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.