O julgamento da enfermeira Irani Vieira Ferreira Rocha, acusada de ser a mandante do assassinato do advogado Valdecy Ferreira Rocha, não será mais realizado neste terça-feira (3), como havia sido anunciado.
O julgamento foi suspenso em função do pedido de um habeas corpus feito pela defesa da acusada e deferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, através do relator, desembargador, Antonio Fernando Bayma Araújo, em decisão proferida no fim da tarde da última sexta-feira (30).
A defesa de Irani Vieira solicitou à justiça que fossem feitas três diligências, uma delas se a testemunha que viu Gilvan Varão atirando no advogado Valdecy Ferreira, tinha uma visão ampla do local. Segundo o assistente de acusação do caso, Daladier Barros, essas três diligências deveriam ter sido feitas na primeira fase do processo, que é a fase de instrução. Em função disso, a juíza titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz, Janaina Araújo de Carvalho, indeferiu o pedido para que essas diligências fossem feitas e por conta disso a defesa impetrou um habeas corpus pedindo a suspensão do julgamento de Irani Vieira, até que sejam efetuadas essas diligências.
Daladier Barros disse que na realidade isso foi uma manobra para retardar o julgamento de Irani Vieira, mas que mais dia menos dia, isso vai acontecer.
‘Não vai ter como a acusada se livrar do julgamento. Isso vai acontecer e esperamos que seja ainda esse ano’, disse Daladier.
No pedido do habeas corpus feito pelo advogado da acusada, Antonio Pacheco Guerreiro Neto, ele alegou que a juíza da 2ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz, Janaína Araújo, quando indeferiu a realização das três diligências solicitadas, violou o direito ao contraditório e ampla defesa da paciente.
O caso - O advogado Valdecy Ferreira da Rocha foi executado com um tiro a queima roupa na cabeça, no dia 30 de novembro de 2005, por volta de 17 horas, quando estava saindo em sua caminhonete, que estava estacionada em frente à Prefeitura Municipal de Imperatriz.
No decorrer das investigações, realizadas na ocasião pelos delegados Carlos Alberto Brasil e Ródson Almeida, este último vindo de São Luís especialmente para ajudar nas investigações, foi constatado que Irani Vieira é acusada de ser a mandante, enquanto que Gilvan Pereira Varão o autor do crime.
Vale ressaltar que o trabalho feito pelos advogados Gener Marinho, que é sobrinho da vítima, Miguel Daladier Barros e Jaqueline Aguiar de Sousa, contribuiu para que esse crime fosse totalmente elucidado.
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