Bancários estão mobilizados pela aprovação da Lei de Segurança Bancária

Treze “sapatinhos” em 15 meses foram praticados só na região tocantina. Os números são do Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA), através do diretor regional Pietro Marino. Essa modalidade criminosa chamada de “sapatinho”, em jargão policial, é quando funcionários das agências bancárias e parentes são feitos reféns normalmente no dia anterior e no seguinte, enquanto parte do bando sai com os familiares para um cativeiro, a outra vai com o funcionário ao banco para buscar o dinheiro.

Pietro Marino disse que houve um grande aumento dessa modalidade criminosa na região tocantina. “Os números não mentem e são estarrecedores”, enfatizou. Pietro Marino explica que houve também um aumento considerável nas saidinhas bancárias.
“O assalto praticado contra clientes ao sair das agências bancárias aumentou. São números preocupantes. O sindicato está trabalhando neste problema desde 2011, quando propôs a lei de segurança bancária, que obriga os bancos a oferecer alguns equipamentos de segurança, como o biombo”, lembra o diretor.
Ainda segundo o diretor regional do SEEB-MA, uma campanha publicitária foi lançada na tentativa de derrubar o veto à Lei de Segurança Bancária e o respeito à Lei das Filas.
“Estamos com o abaixo-assinado recolhendo assinaturas dos clientes para levar à Assembleia Legislativa e pressionar os deputados a derrubarem este veto”, informa Pietro Marino.
O diretor do sindicato informou também que em Imperatriz, recentemente, a Caixa Econômica Federal foi denunciada ao Ministério Público Federal. “A Caixa tinha retirado de uma de suas agências aqui da cidade o biombo em frente aos caixas. Solicitamos várias vezes para reinstalar o equipamento, fizemos a denúncia e foi colocado”, diz. “Ficamos impressionados. Para o banco, um biombo não representa nada em termos de gastos e significa muito para a segurança dos clientes”, lembra Pietro.
Pietro Marino diz que o sindicato vem orientando os clientes que sofrerem saidinhas bancárias que entrem com ação contra o banco. E agora os bandidos passaram também a usar o “sapatinho” para a prática de assaltos a agências dos Correios. Um caso já aconteceu em Imperatriz este ano. O tesoureiro da agência dos Correios da Bernardo Sayão foi tomado como refém junto à família quando chegava em casa para o almoço. O assalto foi consumado.
Esse tipo de assalto é o que deixa mais traumas, já que envolve a família e os bancários têm de passar por sessões de tratamento psicológico.