Policiais da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), com apoio de policiais civis de Imperatriz, cumpriram na manhã dessa quinta-feira (22) cinco dos sete mandados de prisões em desfavor de acusados de fraudes no DPVAT (Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres).
A investigação, que tem mais de um ano, resultou nas prisões dos advogados Terêncio Alves Guida, Ducilla Sereva Costa Lima e Samira Valéria Davi da Costa. Foram presos, ainda, os atravessadores Francisco das Chagas e Passondas Guedelha Gomes Torres.
Os presos são acusados de fraudar documentos públicos, estelionato e formação de quadrilha. Consta na investigação, ainda, a participação de uma ex-funcionária do Instituto Médico Legal (IML), identificada como Isabel de Fátima Alves, que teria fugido e estaria na Venezuela. Um outro acusado de envolvimento, cujo nome não foi informado pela polícia, também está sendo procurado.
“Há vários anos a gente já tinha percebido, juntamente com a Seic e o Ministério Público, que aqui em Imperatriz era sediada uma quadrilha que fraudava esses processos de Seguro DPVAT. Tudo começava com a fraude no laudo no IML”, afirmou o delegado regional Assis Ramos.
Várias apreensões de documentos foram feitas na manhã de ontem (22) em escritórios de advocacia da cidade. A operação, também, contou com a participação do Ministério Público Estadual.
“A gente espera que com essa atitude, essa investigação, que acabe de uma vez por toda com essa fraude aqui na região”, disse Assis Ramos.
As investigações sobre o caso vão continuar, haja vista que ainda tem muita coisa a ser esclarecida.

Prisão domiciliar
O presidente da subseção da OAB em Imperatriz, advogado Malaquias Pereira Neves, em entrevista à imprensa, disse considerar as prisões dos três advogados arbitrárias.
Mas enfatizou que, se comprovados os crimes que lhes estão sendo atribuídos, todos serão punidos administrativamente.
“Considero as prisões arbitrárias, mas não podemos deixar de admitir que se os crimes atribuídos aos colegas forem comprovados, eles serão punidos, disso não se tem dúvida”, disse Malaquias Neves.
No fim da tarde seria concedida aos advogados presos prisão domiciliar, conforme representação que foi feita junto à Justiça. O motivo é de que nas prisões de Imperatriz não existe local apropriado para pessoas com curso superior. Mas, no início da noite, eles foram transferidos da Delegacia Regional para o Quartel do 3º BPM.