Definitivamente, a desordem foi instalada na Praça da Cultura, projetada para ser um local de lazer, mas que se transformou em um verdadeiro inferno para os moradores das redondezas.
A madrugada desse sábado (7), na Praça da Cultura, foi marcada por troca de tiros entre dois homens, um deles usando uma pistola ponto 40, conforme os cartuchos que foram deflagrados e recolhidos por moradores que residem no local.
Nos últimos dois anos, quatro pessoas foram assassinadas na Praça da Cultura. A última na véspera do Natal de 2014, em que Eva Lima Cavalcante, de 42 anos, foi abatida com seis tiros. O autor dos disparos que mataram Eva foi identificado por Francisco Pereira da Silva, que está foragido.
O local virou ponto de venda de todo o tipo de droga, desde cocaína, uma droga mais requintada, passando por maconha, até a pior delas todas, o crack. Segundo um morador, que pediu para não ser identificado, numa ocasião ele chegou de viagem durante a madrugada e quando foi entrar em sua casa, deparou-se com um homem com uma balança de precisão na calçada e com uma colher pesando pequenas quantidades de cocaína e vendendo tranquilamente para usuários. Os moradores da área reclamam de orgias sexuais no local, bem como homens e mulheres fazendo necessidades fisiológicas na porta das residências. Várias vezes com o dia já amanhecendo.
Indignado, um morador disse que não sabe mais a quem recorrer, pois já procurou as polícias Civil e Militar, Ministério Público, a Justiça e ninguém tomou providências. A situação a cada dia piora mais.
Os moradores alegam que, por não ter policiamento, a Praça da Cultura se tornou o local de fim de noite de pessoas que estão retornando da Beira-Rio e que, devido aos bares e danceterias do local estarem ainda funcionando, ficam no local até o dia raiar.
“Queremos que as autoridades, por favor, nos ajudem, pois a situação está a cada dia que passa mais difícil e nós tememos pela nossa segurança e de nossa família”, disse um morador, bastante indignado.
“Parece até que estamos em uma cidade sem lei”, disse outro morador, pedindo ajuda às autoridades competentes.
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