Lúcio Silva de Carvalho foi morto com um tiro na nuca
Quarto da vítima todo revirado e com rastro de sangue

A Polícia Civil, através da delegada Virgínia Loiola, titular do 4º Distrito Policial e sua equipe de investigadores, já iniciou as investigações para apurar o homicídio de que foi vítima o técnico em refrigeração Lúcio Silva de Carvalho, de 46 anos.
O corpo foi encontrado no banheiro da casa em que Lúcio morava, localizada na Rua Euclides da Cunha, 301, bairro Bacuri.
Por volta de 10 horas de ontem, colegas de trabalho e vizinhos de Lúcio Silva de Carvalho deram por sua falta e foram até onde ele morava. Lá, encontraram tudo fechado. O caso foi comunicado à Polícia Militar, que foi para o local. Para entrarem na casa, os policiais tiveram de arrombar o portão que dá acesso à rua, como também a porta.
Os policiais encontraram o quarto revirado, um lençol todo ensanguentado, assim como o piso. O rastro de sangue levou os policiais ao banheiro, onde foi encontrado o corpo de Lúcio. No local, existiam indícios de que houve luta corporal.
Os primeiros levantamentos feitos pela perícia constataram que Lúcio Silva de Carvalho, que era natural de Goiânia e funcionário de uma empresa que presta serviços à Eletronorte, foi assassinado com um tiro na nuca, que saiu acima do olho esquerdo. Existe a suspeita de que ele tenha sido morto com a própria arma, uma pistola tipo Bereta calibre 6.35. Uma bala desse mesmo calibre foi encontrada em cima da cama. A arma ainda não foi localizada.
Está descartado que o crime tenha sido latrocínio (roubo seguido de morte), em função de que nada foi levado. A vítima tinha duas motocicletas e dois carros, que se encontravam na garagem. Os veículos foram levados para o Instituto de Criminalística (ICRIM) para serem periciados.
Lúcio Silva de Carvalho pertencia à Tribus de Moto Clube “Abutre’s”, já era considerado mestre e o seu codinome era “Birigui”.
O corpo dele foi removido após a perícia e se encontra no Instituto Médico Legal (IML) à espera de familiares para liberá-lo. Uma filha dele que estuda em Palmas estaria vindo para Imperatriz para a liberação do corpo, que deverá ser trasladado para a cidade de Minaçu, interior de Goiás.

Detido

A Polícia Militar fez a detenção do comerciante Hayldon Maia de Brito, que foi a última pessoa que esteve com a vítima antes de ela ter sido morta, fato que aconteceu no fim da noite de quinta-feira.
Hayldon, que também pertence ao clube “Abutre’s” e tem o codinome de “Ilegível”, disse a O PROGRESSO que esteve realmente com a vítima até o término do programa “A Praça é Nossa”, do SBT. “Depois que o programa terminou, fui para casa e ele fechou o portão”, disse.
Entretanto, a versão de testemunhas ouvidas em depoimento pela delegada Virgínia Loiola, segundo o delegado Assis Ramos, contradiz o comerciante. As testemunhas afirmaram categoricamente que, quando houve o disparo, a motocicleta do suspeito ainda se encontrava em frente à casa da vítima.
Hayldon foi ouvido no fim da tarde em depoimento, ocasião em que a delegada Virgínia Loiola fez os procedimentos que o caso requer.
Esse é o oitavo homicídio em Imperatriz neste mês de maio.