Uma operação da Polícia Militar, realizada na manhã dessa quinta-feira (9) pelo comandante do 14º Batalhão da Polícia Militar (3º BPM), tenente coronel Edeilson Carvalho, resultou na prisão em flagrante de cinco pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha de estelionatários que aplicavam golpes em fazendeiros da região Tocantina.
Os suspeitos presos e apresentados na Delegacia Regional de Imperatriz são: Jonne Wausten Araújo Cunha, 40 anos, Cabo da Polícia Militar; Valtevir Nóbrega do Nascimento, 33 anos, bombeiro civil; José Joelson Silva Tavares, 28 anos, militante do MST; Valdinei Pereira da Silva, 39 anos, comerciante; Palmireno dos Santos Silva, 51 anos. Todos estão sendo acusados de extorsão contra o fazendeiro Miguel Resende.
De acordo com o tenente coronel Edeilson Carvalho, a polícia foi acionada quando a negociação com os golpistas estava sendo feita no escritório das vítimas, na rua Mário Andreazza, no bairro Maranhão Novo. “Fomos avisados da negociação e que a família estava gravando todo o diálogo com os estelionatários. Deslocamos uma equipe e fizemos a prisão de alguns suspeitos. Até o momento, temos cinco pessoas presas. Pelas informações das vítimas, os envolvidos vinham negociando há algum tempo e outras pessoas também foram vítimas”, afirmou o comandante Edeilson.
Leda Maria Resende, filha da vítima, explica como se deu a negociação com os suspeitos de integrar a quadrilha. Segundo ela, os estelionatários exigiram uma quantia inicial de R$ 650 mil para evitar que as terras da família fossem invadidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “Este golpe começou há uma semana, fomos procurados por uma pessoa que seria fazendeira. Ele foi na casa do meu pai e disse que ficou sabendo pelo MST que haveria uma invasão na fazenda, com cerca de 200 famílias. Ele conhecia os líderes e poderia negociar com eles, caso pagássemos R$ 650 mil”, relata Leda.
Ainda segundo Leda, um dos presos, José Joelson Silva, que seria líder do MST, foi receber, pessoalmente, os cheques. “Hoje [ontem], toda a negociação foi gravada. Eles tinham um contrato que foi assinado pelo José Joelson Silva. Passamos três cheques totalizando R$ 500 mil”, afirma.
Weller Resende, outro filho da vítima, conta que a família desconfiou desde o início que tudo se tratava de um golpe. “Achamos estranho e negociamos para R$ 500 mil. Então, combinamos a negociação no escritório da família e filmamos toda a ação”, afirma Weller Resende.
Os suspeitos foram ouvidos durante toda a tarde pelo delegado Carlos César Andrade, que realizou os procedimentos pertinentes ao caso.
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