O policial militar Francisco de Assis Moraes Carneiro, o sargento De Assis, preso nessa quinta-feira (26) suspeito de envolvimento no desaparecimento do jovem de João Lisboa, João Filho Brito dos Santos, já foi julgado por participação em uma tentativa de homicídio em 2011.

O julgamento aconteceu no ano passado, ocasião em que o militar foi absolvido, tendo em vista que o corpo de jurados aceitou as ponderações do advogado do acusado, que defendeu a tese de que o sargento De Assis não tinha a intenção de provocar a morte da vítima.
O principal acusado pela tentativa de homicídio contra Antônio Pereira de Sousa Neto foi Weslei Amaral Brandão, que também era policial, sendo condenado a 12 anos e seis meses de prisão.
Segundo a denúncia, no dia 13 de agosto de 2011, Antônio Pereira estava em frente à sua residência, no bairro Vila Nova, por volta das 9h30, lavando seu carro, quando o PM Weslei Amaral Brandão, junto ao sargento De Assis, chegou em uma motocicleta sem placas e começou a efetuar disparos na direção da vítima.
Foram cinco tiros, que atingiram as costas e a região abdominal de Antônio. Os dois ainda travaram luta corporal, fato que foi observado pelo segundo denunciado, Francisco de Assis de Morais Carneiro, que assistiu a tudo e não tomou providência, mesmo sendo superior de Weslei. Na verdade, o sargento De Assis cometeu crime de prevaricação, tendo em vista que, como superior do soldado Weslei, não impediu que o policial efetuasse os disparos na vítima, embora estivesse com ele. Ele só interveio quando Weslei foi desarmado durante a luta corporal que a vítima travou com ele.
A prisão preventiva do sargento Francisco de Assis e o colega policial Luciano Mota Lago foi decretada pelo juiz de João de Lisboa, Glender Malheiros, a pedido do Ministério Público.
Eles foram presos porque estão sendo investigados sobre o desaparecimento de João Filho Brito dos Santos, de 21 anos.
De acordo com a Polícia Militar, os dois trabalhavam na barreira da PM Alpha II, na avenida Pedro Neiva de Santana, localizada na entrada de João Lisboa, no dia 14 de fevereiro, sábado de Carnaval, quando João Filho foi visto pela última vez sendo colocado na viatura.