A Polícia Civil vem realizando investigações para colocar atrás das grades o bando que nos últimos meses vem praticando assaltos a agências bancárias de Imperatriz e região usando o modus operandi conhecido por “sapatinho”.
Esse modus operandi é aquele em que a família de um funcionário do banco (gerente ou tesoureiro) é tomada como refém e no dia seguinte, enquanto parte do bando vai com o gerente para a agência para pegar o dinheiro, outra parte fica com os seus familiares.
Toda e qualquer ação criminosa é cruel, mas essa é pior, haja vista que a tortura psicológica é visível. Isso porque envolve pessoas da família que estão como reféns e são levadas para um cativeiro.
O delegado Fairlano Aires de Azevedo, titular da Delegacia do 1º Distrito Policial, e sua equipe investigaram uma ação dessa ocorrida na agência Santander em Imperatriz, fato ocorrido ano passado.
Dois dos envolvidos na ação criminosa estão presos por força de mandados de prisões. São eles: Felipe Arraz Pereira, um jovem de apenas 19 anos, e Francisco Caique. Outros três componentes do bando já foram identificados, mas o delegado preferiu que os seus nomes fossem mantidos em sigilo.
O delegado Fairlano informou à reportagem de O PROGRESSO que Felipe Arraz e Francisco Caique participaram de outras ações criminosas desse tipo. Um deles, a agência do Banco do Brasil da Praça da Cultura. “Na verdade, todos esses casos de assaltos com o ‘sapatinho’ praticamente foram praticados pelo mesmo bando”, disse o delegado.
Francisco Caique e Felipe Arraz foram reconhecidos no “sapatinho” do Banco do Brasil da Praça da Cultura. Eles também estão sendo investigados por suspeita de envolvimento em um sequestro ocorrido no início do mês, tendo como vítimas familiares de um empresário. A família foi liberada sem pagamento de resgate na Vila Machado, devido ao cerco da polícia.
Frequentes
Os assaltos a agências bancárias em Imperatriz e região tocantina estão acontecendo com muita frequência. Nos últimos 12 meses, foram registrados oito.
As agências atingidas foram Banco Santander, Banco do Brasil da Avenida Bernardo Sayão, Banco do Brasil da Praça da Cultura, Bradesco da Avenida Bernardo Sayão, Caixa Econômica Federal (CEF) da Avenida Bernardo Sayão, essas em Imperatriz; Banco do Brasil de João Lisboa e Banco Itaú em Açailândia.
Dessas agências, a única que não teria sido vítima do mesmo bando que fez as demais foi a da CEF, conforme levantamentos feitos pela Polícia Federal (PF).
Os valores roubados podem chegar a mais de R$ 2 milhões. Desses assaltos, foram divulgados apenas os valores roubados do Bradesco da Bernardo Sayão, que teria sido mais de R$ 500 mil; do Santander, que somou R$ 79 mil, e do Banco do Brasil de João Lisboa, em que foram roubados mais de R$ 300 mil.
Comentários