De acordo com o Departamento de Combate a Roubos a Instituições Financeiras (DCRIF), ligado à Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), houve uma redução nas ocorrências dessa natureza no período de janeiro a junho deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
O coordenador do DCRIF, delegado Tiago Mattos Bardal informou que o departamento atua com o serviço de inteligência e com a troca de informações com as demais forças policiais. "Tem que haver integração entre as Polícias Civil e Militar e com o aparelho de segurança dos demais estados da Federação", destacou.
O delegado disse que há quatro modalidades de assalto a instituições financeiras: Novo Cangaço, alusivo a Lampião, onde os assaltantes agem com violência e fazem reféns; Sapatinho, onde os criminosos sequestram a família do tesoureiro ou gerente da agência bancária e o obrigam a sacar o dinheiro do cofre na manhã seguinte, dando as coordenadas por telefone; assalto a carro forte e explosão a caixas eletrônicos, a mais praticada.
O coordenador do DCRIF destacou alguns fatores que contribuem para o crescente número de explosões aos caixas eletrônicos: legislação penal branda, pois na maioria dos casos os suspeitos respondem apenas por furto, onde a pena chega apenas a quatro anos e em alguns casos se resumem a prestação de serviço; facilidade em adquirir explosivos, devido a falta de fiscalização; e banalização do crime, devido à facilitação e incentivo.
A falta de investimento em segurança por parte das agências bancárias também contribui com os crimes. "Segurança é responsabilidade de todos, conforme o artigo 144 da Constituição. As instituições financeiras devem investir em segurança, modernizando os caixas eletrônicos, colocando dispositivos, contratando vigilantes e investindo no sistema de monitoramento", pontuou o coordenador do DCRIF.
Este ano, seis quadrilhas envolvidas em roubo a instituições financeiras no estado do Maranhão foram desarticuladas pelo DCRIF. Dentre elas, uma quadrilha composta por dez elementos que atuava na Região Tocantina. Só o líder, identificado como Maxon Oliveira, conhecido como "Boca de Lata", está foragido. O bando confessou cinco ações criminosas em menos de 1 ano, o que rendeu a eles mais de R$ 2 milhões. Com a quadrilha, os policiais recapturaram quatro veículos, adquiridos com o dinheiro roubado.
Publicado em Polícia na Edição Nº 15043
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