Queijo apreendido foi incinerado no Matadouro Municipal
Marcelo Lopes foi autuado por crime contra as relações de consumo

Os 950 quilos de queijo que haviam sido apreendidos em operação do Ministério Público-MP,  Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão-AGED e Polícia Civil-PC, foram incinerados na manhã dessa sexta-feira (18). A incineração aconteceu nos fornos do Matadouro Municipal, em um trabalho que contou com o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Produção (SEAAP), por meio do titular da pasta,  Paulo Marcelo Torres Araújo.

O delegado regional Eduardo Galvão informou que o Laticínio Bella, localizado na rua Santos Dias, Vila Nova, estava funcionando sem condições de higiene e o caso foi denunciado pelo promotor público do Consumidor, Sandro Bíscaro. “Fiscais da Aged estiveram no local, fizeram fotos e observaram que realmente o estabelecimento não tinha condições de funcionamento. Entretanto, na hora de lacrar o estabelecimento, verificou-se que o estabelecimento tinha um documento conhecido por SIM-Serviço de Inspeção Municipal, que estava em vigor”, disse Galvão.
Em função disso, somente o município, por meio da SEAAP, poderia lacrar. Fiscais da SEAAP também foram ao local e deram prazo de sete dias para que fosse regularizada a situação, mas deixou o laticínio funcionado. 
O delegado Galvão informou que na câmara frigorífica tinham queijos podres, não usava telas e foram encontrados ratos no local onde o queijo era preparado, entre outras irregularidades. 
O titular da SEAAP, Paulo Marcelo Torres, vai prestar depoimento na próxima segunda-feira ao delegado Eduardo Galvão. 
Quanto ao proprietário do Laticínio Bella, o ex-monitor da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária-SEAP, Marcelo de Carvalho Lopes, atualmente industrial, foi autuado em flagrante por crime contra as relações de consumo, nos termos do artigo 7°, inciso 9, da Lei 8.137/90, que prevê pena de reclusão de 2 a 5 anos. Por esse motivo, o delegado Galvão informou que  o crime só é afiançável em juízo. 
Em função disso, Marcelo Lopes foi encaminhado para a Unidade Prisional de Ressocialização de Imperatriz-UPRI, onde se encontra até ulterior decisão da justiça.