Uma quadrilha cujo número de participantes ainda não foi levantado, mas que pode ser grande, vem agindo na BR-010, a Belém-Brasília, no trecho do Maranhão, e BR-153, no trecho da Belém-Brasília, no estado de Tocantins.

Essa quadrilha é especializada em atacar caminhoneiros, quer eles estejam trafegando ou parados em um posto de combustíveis e já até dormindo para roubar os pneus das carretas. E foi uma ação criminosa como essa que foi denunciada pelo caminhoneiro Samaroni de Oliveira Rodrigues, que foi vítima do bando junto à esposa.
Em ocorrência registrada na Delegacia de Polícia Civil de Porto Franco, Samaroni relatou que já estava dormindo na carreta que conduzia e que estava estacionada no pátio do Posto Gaúcho, localizado na cidade de Campestre, distante 80 km de Imperatriz, quando foi abordado por três elementos. Empunhando armas de grosso calibre, amarraram ele e a esposa e os levaram na carreta para o interior de um canavial, distante a cerca de 5 km do centro de Campestre. Um dos bandidos conduziu a carreta até o canavial. No local, os bandidos retiraram todos os 36 pneus da carreta (treminhão), deixando o veículo no que é chamado de ‘toco’. Em seguida, foram resgatados por comparsas, levando os pneus em um caminhão não identificado.
O caminhoneiro Samaroni e a esposa ficaram amarrados dentro do canavial e somente duas horas depois é que conseguiram sair do local e pedir ajuda.
Essa ação criminosa aconteceu no início da madrugada da última quinta-feira (7). O caminhoneiro Samaroni registrou ocorrência na Delegacia de Porto Franco, que responde pela cidade de Campestre.

Quadrilha

Empresários do ramo de transporte, como da empresa Brastimber, que tem sede na cidade de São Miguel do Guamá e é proprietária dessa carreta que teve os 36 pneus roubados, virão até Imperatriz para solicitarem ao delegado regional Assis Ramos providências no sentido de combater essa quadrilha, que vem dando muito prejuízo.
Os empresários denunciaram que os pneus roubados estão sendo negociados em Imperatriz. Cada pneu desse, no mercado normal, custa R$ 2.600,00 e devem estar sendo comercializados em um custo muito abaixo do mercado.
Essa quadrilha teria ramificações em Imperatriz, Açailândia e Araguaína. É organizada e usa armas de grosso calibre para intimidar os caminhoneiros.
No estado de Tocantins, a quadrilha ataca entre os municípios de Aguiarnópolis e Araguaína.
Na empresa Brastimber, a última vítima, o prejuízo foi de mais de R$ 150 mil, valor normal de mercado dos pneus roubados.