Em coletiva à imprensa realizada na Secretaria de Segurança Pública, nessa quarta-feira (31), no Auditório Leofredo Ramos, a cúpula da segurança esclareceu algumas ações criminosas que envolveram a morte de dois policiais militares. As vítimas foram identificadas como Cabo Júlio César da Luz Pereira e o Soldado Carlos Alberto Constantino Sousa, ambos mortos em Buriticupu. Os acusados, após investigados pela Polícia Civil, foram presos pela Polícia Militar. Os autores foram identificados como os policiais militares Tenente Josuel Alves Aguiar, Soldado Tiago Viana Gonçalves e Soldado Glaydstone de Sousa Alves, este ainda foragido.
Os policiais Cabo Júlio César da Luz Pereira e Soldado Carlos Alberto estão desaparecidos desde o dia 17 de novembro de 2016, no município de Buriticupu. Desde então, as investigações realizadas pela Polícia Judiciária foram realizadas a contento e encaminhado o cumprimento de Mandado de Prisão à Justiça contra os acusados, estando sob análise da Justiça.
Durante a coletiva, o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, salientou que “os policiais que foram citados como desaparecidos estavam sendo investigados anteriormente pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC) por conta de envolvimento em crimes outros. Com antecedentes e depois ocasionando no desaparecimento dos mesmos. Eles são suspeitos por desvio de conduta com práticas de crimes com associação criminosa. O desaparecimento deles nada tem a ver com as ações lícitas da atividade policial”, considerou.
O secretário disse ainda: “A atividade policial é sigilosa, não trabalhamos com versões, mas com investigação. As investigações acerca dos mesmos foram por conta das suas ações ilícitas. Houve envolvimento deles pelos crimes de assaltos, extorsões e demais atividades ilícitas. Após o desaparecimento dos mesmos, fora realizada uma investigação e realizado o pedido de Mandado de Cumprimento de Prisão contra três acusados, mas o pedido de prisão ficou sendo analisado, sendo somente agora o cumprimento de Mandado de Prisão apreciado por outro juiz e, desta vez, inclinado e decretada a prisão dos acusados. O que sabemos é que as vítimas foram chamadas para uma ação não autorizada, onde saíram em buscas de apreender máquinas, como sendo um trator e um caminhão. O Josué Alves teria ligado para o Carlos Alberto no sentido que realizassem a tal missão, resultando no sumiço dos mesmos. Durante as oitivas, fora descoberto que havia um desacordo entre os policiais. O inquérito policial continua, restando apenas saber a motivação e a localização dos desaparecidos. A prisão dos envolvidos é essencial para se esclarecer acerca do crime”, finalizou.
Responsável pela investigação do caso, o superintendente da Superintendência de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP), Leonardo Diniz, que contou ainda com a cooperação da delegada Nilmar da Gama e sua equipe, destacou que as investigações estão apenas iniciando, no sentido de que todas as dúvidas possam ser respondidas. O delegado Leonardo Diniz disse ainda: “A investigação continua no sentido de que o soldado Glaydstone de Sousa Alves deverá se apresentar em até 05 dias e, não acontecendo, ele será considerado desertor. As investigações apontaram ainda sobre o caso que uma pessoa conhecida por “DAL” teria sido procurada para acompanhar os policiais, mas que no momento marcado teria sido descartada. No outro dia, o Dal teria sido descartado pelos policiais, quando fora saber acerca de qual missão seria. As investigações ouviram mais de 40 pessoas, o que qualificou as investigações. Os policiais presos por envolvimento no crime são apenas uma parte dos trabalhos. A prisão temporária fora pedida para uma investigação mais continuada”, afirmou.
Partícipe também da coletiva, o subcomandante do Comando Geral da Polícia Militar refutou: “O Comandante do Batalhão do Município foi transferido e o comando já conta com outro comandante”. Ele ressaltou ainda que a ação criminosa foi por parte de uma minoria. Já o delegado geral de Polícia Civil disse que “os policiais militares eram lotados na mesma unidade. Eles já vinham sendo investigados pela SEIC por conta das duas vítimas estarem praticando atos criminosos. Tanto os autores como as vítimas vinham praticando atos criminosos. A ação policial a qual eles informaram às vítimas não foi registrada como missão. O que suspeita-se dos acusados terem realizado uma isca contra os policiais. O Cumprimento de Mando de Prisão tinha sido realizado desde fevereiro de 2017, ficando sob análise até esta data. Os acusados após investigações da Polícia Civil foram presos pela Polícia Militar. O Josuel Alves foi preso em São Luís, e Tiago Viana, no município de Bom Jesus das Selva. As investigações irão continuar no âmbito da Justiça Militar”.
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