São Luís - O preso de Justiça Flávio Lúcio Silva, 34 anos, que cumpre pena na Casa de Detenção (Cadet 1), realizou o sonho de casar-se com rituais religiosos. Ele casou-se com a doméstica Reginê Santana Marques, 35 anos.
A cerimônia de casamento realizada na Cadet 1 teve todas as formalidades de uma união matrimonial religiosa, com convidados, festa, bolo e até sessão de fotos. A noiva, mãe de três filhos, fez questão de entrar na igreja com o filho mais velho, Ferdinan Veron Santana, de 15 anos. “Meu filho sempre me apoiou em todas as minhas decisões e nesse caso não foi diferente. As minhas outras duas filhas também, mas como ele é o mais velho e homem quis ele”, contou Marques.
O casamento teve algo em torno de 25 pessoas, entre amigos dos noivos e parentes dos mesmos, foi celebrado com um culto cristão com música evangélica de fundo. “Este casamento é fruto de um trabalho de ressocialização da Secretaria da Justiça e da Administração Penitenciária (Sejap). É natural que uma pessoa que tem sentimento por outra queira publicamente anunciar esse pacto, essa união do seu amor para uma pessoa”, falou o secretário adjunto de Justiça da Sejap, Frei Ribamar Cardoso Lima.
O pastor que celebrou a união entre o casal deu uma palavra fundamentada na Bíblia e fechou consagrando a ambos como esposos. Depois de toda a cerimônia, que foi encerrada com o tão aguardado “aceito” dito pelos noivos, estes foram comemorar a consumação do casamento com todos os presentes para, enfim, poderem festejar a sós.
História de amor - O destino do casal parece que já estava traçado para que ambos se conhecessem dentro de uma unidade prisional. Ela, que namorava com um ex-interno, conheceu Flávio quando visitava o então namorado que cumpria pena dentro da Cadet I. “Eu fui apresentada para o Flávio, que era amigo do meu ex-namorado, e fizemos uma amizade”, comentou a noiva.
Depois de ter conhecido aquele por quem Reginê viria se apaixonar e, então se casar, a noiva contou que sentiu algo diferente. “O meu relacionamento com Milson (o ex) não estava bem e estávamos para terminar. Quando eu conheci o Flávio, me senti bem, algo que não sei explicar”, revelou.
Os noivos já se conhecem há pouco menos de um ano e, pelo pedido insistente de Flávio, decidiram se casar. O detento, mesmo muito nervoso com o casório, contou que ele teve a iniciativa de se unir em matrimônio com Reginê. “Eu já estava querendo algo sério na minha vida e ela apareceu, então abri meu coração e falei tudo que estava sentindo a ela e a pedi em casamento”, declarou Flávio.
Publicado em Polícia na Edição Nº 14344
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