A Polícia Civil, em conjunto com a Polícia Militar, está realizando uma operação que busca prender integrantes de uma quadrilha de assaltantes na BR-226. A operação ocorre desde a manhã dessa quarta-feira (17), na cidade de Barra do Corda, a 290 km de Imperatriz.
Dois índios já foram presos, segundo a polícia, que também apreendeu armas, celulares e capuzes que eram usados nos assaltos. Os suspeitos foram identificados como Neusina Ferreira Guajajara e Hilson Ventura Guajajara. Segundo o delegado de Barra do Corda, Renilton Ferreira, eles cometiam assaltos todos os dias.
“Essa operação foi elaborada pela Polícia Civil justamente pela situação insustentável em que se encontrava a BR-226, entre a cidade de Barra do Corda e Grajaú, com centenas de assaltos diários, dia e noite. Ela não é única. É uma das operações que nós vamos fazer para combater esse grande número de assaltos. São vários criminosos, a maioria indígenas, com alguns brancos infiltrados no meio”, afirmou.
Existe uma grande quadrilha formada, em sua maioria, por índios que realiza assaltos na BR-226 desde o ano passado, de acordo com a Polícia Civil. A maioria dos índios é da reserva Cana Brava e utiliza arma de fogo e armas artesanais durante os assaltos.
O delegado Renilton informou que, por conta da dificuldade em coletar provas que mantenham os criminosos presos, além dessa quadrilha outros grupos menores de indígenas têm iniciado assaltos na região.
“A polícia tem identificado uma grande quadrilha que já vem com mandados de prisão de diversas operações anteriores, nos anos de 2016 e 2017. A dificuldade de prender tem gerado impunidade. Essa impunidade tem incentivado outras aldeias a também se motivarem a cometer crimes. Então, além dessa quadrilha, que já agia há mais de um ano na região, agora estamos com outros pequenos grupos realizando assaltos”, informou Renilton.
De acordo com o delegado de Barra do Corda, agora a Polícia busca até estabelecer parcerias para conter a onda de assaltos na região. “Pretendemos nos reunir com o Ministério Público ou o Poder Judiciário local para tentar uma parceria de uma atuação mais rígida por essas autoridades para que, após prender, eles não sejam liberados. Semana que vem, provavelmente, vamos fazer essa reunião para buscar essa parceria e a manutenção mais longa da prisão”, afirmou.
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