O policial militar Jean Claude dos Reis Apinajé, acusado de ter assassinado o cinegrafista José Ribamar Carvalho Filho, fato ocorrido no dia 29 de novembro do ano passado, em um bar no centro da cidade, será monitorado com uma tornozeleira eletrônica. A informação foi passada pelo comando da Polícia Militar do Maranhão.
A juíza Ana Lucrécia Bezerra Sodré Reis, quando determinou que Jean Claude fosse colocado em liberdade, impôs algumas condições que terão de ser seguidas pelo militar. Entre elas, as seguintes: ficar em casa a partir das 20 horas até as 6 horas do dia seguinte; ficar em casa durante os fins de semana; não frequentar bares e casas noturnas. Para que não infrinja essas normas, o policial será monitorado com a tornozeleira eletrônica durante 24 horas.
Jean Claude dos Reis Apinajé ainda não se apresentou no 3º BPM, onde ficará trabalhando internamente, por determinação da juíza Ana Lucrécia. Antes de retornar a Imperatriz, o policial deverá passar por uma bateria de exames na capital maranhense.
Entidades de classe dos jornalistas de Imperatriz, Associação de Imprensa da Região Tocantina (AIRT) e o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Jornalísticas e Radiodifusão de Imperatriz, João Lisboa e Açailândia (SINDJORI), emitiram notas alusivas ao caso da determinação de colocar o policial Apinajé em liberdade.
A Associação de Imprensa da Região Tocantina (AIRT), em nome de toda a classe comunicadora de Imperatriz, em nota assinada pelo presidente Ozias Sousa Lima, disse: “Vimos externar publicamente o nosso descontentamento com a expedição do alvará de soltura ao policial Jean Claude dos Reis Apinajé, principal e único suspeito de assassinar o nosso colega, o cinegrafista José de Ribamar Carvalho Filho”.
Por seu turno, o Sindjori, em nota assinada pelo seu presidente, Josué Silva Aquino, em um dos trechos, da nota diz: “Sindicato dos Jornalistas e Radialistas de Imperatriz, Sindijori, mesmo respeitando a decisão judicial prolatada pela juíza Ana Lucrécia, que restou na libertação do PM apontado no inquérito como sendo o matador do cinegrafista Carvalho, executado por insurgir-se contra a violência que vitimara seu irmão, praticada exatamente por aquele que, no futuro, seria seu letal algoz, contesta, publicamente, o aludido ato judicial”.
O promotor do caso, Carlos Augusto, que está de férias e deverá retornar nesta sexta-feira, deverá se manifestar sobre o caso. O Ministério Público deverá entrar com pedido junto ao TJ-MA contra a decisão de colocar o policial militar em liberdade.
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