Soldado Reis é ouvido em audiência de instrução e nega autoria da morte de Carvalho

Depois de ter sido marcada duas vezes e não realizada, enfim aconteceu nessa quinta-feira (19) a audiência de instrução do policial militar Jean Claude Reis Apinajé, o soldado Reis. Ele é acusado do assassinato do repórter cinematográfico José de Ribamar Carvalho, fato ocorrido no dia 29 de novembro de 2014, portanto este mês faz justamente um ano.

Em entrevista a O PROGRESSO, o juiz Adolfo Pires da Fonseca Neto, que é titular da Vara da Família, mas está respondendo pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz, disse que Jean Claude dos Reis negou todas as acusações que lhe foram imputadas, garantindo não ter sido ele o autor da morte de Carvalho. Segundo o magistrado, o soldado Reis falou que, na noite em que ocorreu o crime, ele tinha saído com a esposa para uma pizzaria, onde teriam se desentendido e discutido. Voltaram para casa, onde ele teria tomado um comprimido de Rivotril e usado cocaína, da qual confessou que seria usuário. Em seguida, teria pego a motocicleta CB-300 cor amarela e saído. A partir daí, ele não sabia de mais nada que tinha acontecido.
Reis confessou que, antes de ir para casa, teria tomado duas cervejas. O juiz perguntou como ele pagou a conta e Reis disse que tinha sido com cartão. Mediante essa informação, o juiz Adolfo Pires vai requerer a movimentação do cartão. O local onde o policial disse que ingeriu duas cervejas ficou em sigilo.
O juiz informou a O PROGRESSO que o advogado do soldado Reis entrou com um pedido de habeas corpus em favor do acusado. O relator do processo é o desembargador Antonio Fernando Bayma Araújo.

Transferência

O juiz Adolfo Pires da Fonseca Neto informou, finalmente, que atendendo solicitação do comandante geral da Polícia Militar do Maranhão, Coronel Marco Antonio Alves, determinou a transferência imediata do policial para São Luís.
O soldado Reis se encontrava em São Luís desde que foi preso e autuado em flagrante acusado da morte de Carvalho. Mas, por determinação da juíza Ana Lucrécia Bezerra Sodré Reis, que na ocasião estava respondendo pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz, foi colocado em liberdade. Ele voltou para Imperatriz, ficou prestando serviços internamente no quartel do 3º BPM e depois foi novamente preso, porque foi descoberto que estava ameaçando as testemunhas, inclusive familiares de Carvalho.