Foi decretada, mais uma vez, a prisão do soldado da Polícia Militar Jean Claude dos Reis Apinajé, conhecido como Soldado Reis, acusado de ter assassinado a tiros o cinegrafista José de Ribamar Carvalho Filho. O crime aconteceu em novembro de 2014.
A prisão desta vez foi decretada pelo juiz Adolfo Pires da Fonseca Neto, titular da Vara da Família, que está respondendo pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz, a pedido do Ministério Público do Estado do Maranhão.
O Soldado Reis foi preso pela primeira vez no dia 1º de dezembro do ano passado. Entretanto, em abril deste ano ele foi colocado em liberdade por determinação da juíza Ana Lucrécia Sodré Reis. Na ocasião, a magistrada alegou em suas considerações que o policial não oferecia perigo à sociedade. O policial foi colocado em liberdade e estava prestando serviços internos no 3º Batalhão da Polícia Militar (3º BPM), onde é lotado.
Nas suas considerações finais para atender ao pedido do Ministério Público, o juiz Adolfo Pires da Fonseca Neto alegou que o policial estava ameaçando testemunhas, entre elas as próprias filhas da vítima, que estão com medo até de sair na rua, além de outras testemunhas, como também o endereço indicado pelo acusado não batia quando o oficial foi intimá-lo para a audiência de instrução.
“Esses dois motivos, levando-se em consideração que ele é agente do estado que inversamente deveria proteger a vida, além da vítima ser uma pessoa da imprensa e que deu um grande abalo social, como também o modo da perpetração do crime, por trás e de maneira covarde, sem oportunizar defesa à vítima, além dos disparos terem sido feitos em local público, demonstrando a alta periculosidade do autor, foram os que levaram para que esse juízo decretasse novamente sua prisão. Por esses motivos, entendi que seria mais benéfico para a sociedade ele ficar preso até o julgamento do processo”, disse Adolfo Pires.
Jean Claude Reis Apinajé está recolhido no Quartel do 3º BPM desde a manhã da última quarta-feira.
Julgado ainda este ano
O magistrado informou que na próxima segunda-feira Jean Claude Reis será ouvido em audiência de instrução, às 8 horas, no auditório da 1ª Vara Criminal.
Informou ainda que ele poderá ir a júri popular, porque as testemunhas o reconheceram, o indício de autoria é forte, a materialidade do crime está revelada, não há nenhum tipo de novidade no processo, os laudos no tocante à arma já foram retificados pelo Ministério Público e, portanto, não tem nenhum impedimento para que o julgamento seja realizado.
Segundo o magistrado, o julgamento de Jean Claude Reis Apinajé poderá ser realizado ainda este ano.
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