O Comando da Polícia Militar do Maranhão recebeu um mandado de reintegração judicial para que o policial militar William de Sousa Belgas retornasse ao quadro da Polícia Militar do Estado do Maranhão. O militar ingressou na corporação em 1993 e foi expulso em 1994, suspeito de envolvimento em assaltos e homicídios, e tem dois mandados de prisão em aberto pela Comarca de Imperatriz.
No ano em que foi expulso da corporação, o soldado Belgas foi encontrado em um Ford Del Rey pertencente a uma pessoa que teria sido assassinada no município de Pindaré Mirim. William é acusado de envolvimento nesse crime. O militar também é acusado de integrar uma quadrilha interestadual de assaltantes responsável pelo assalto a um carro-forte e o assassinato de um inspetor da Polícia Rodoviária Federal no Estado do Pará.
Questionado da decisão judicial de retornar o militar à corporação, o comandante-geral da PM, coronel Franklin Pacheco, ficou surpreso, tendo em vista o grau de periculosidade do militar. “Ao tomarmos conhecimento da decisão da Justiça determinando que o soldado Belgas retornasse à ativa na Polícia Militar, fomos até Imperatriz e constatamos que haviam dois mandados de prisão em aberto decretados pela Comarca de Imperatriz. Determinei pela prisão do soldado, que se encontra no Pavilhão de Prisões no Quartel da PM. A prisão dele foi comunicada para o juiz auditor da Polícia Militar, a juíza de Direito da Comarca de Imperatriz, Sueli de Oliveira, e também para a Superintendência da Polícia Federal no Maranhão.
Nos dois mandados de prisão expedidos pela Justiça, o policial militar William Belgas usou a identidade falsa de Francisco Orismar Viana, o “Chiquinho”. O comandante-geral da PM considera o ato com mais um agravante no histórico do policial. Franklin Pacheco garantiu que o militar será exonerado da corporação. “Iremos concluir o processo do pedido de exoneração junto ao Conselho Disciplinar da PM e será encaminhado para assinatura do ato oficial pela governadora Roseana Sarney”, ressaltou.