Policiais civis e escrivães na paralisação em frente à Regional

Somente casos de crime contra a vida, na Polícia Civil, e necropsia, no Instituto Médico Legal (IML), serão realizados nestes dois dias.

Segundo o representante do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-MA) em Imperatriz, o escrivão de polícia Marco Aurélio, os agentes decidiram paralisar suas atividades alegando que não foram atendidos, após várias tentativas, sobre as questões que afligem a categoria.
“Estamos pedindo condições mínimas de trabalho, aumento no quadro de funcionários, a retirada da custódia indevida de presos de Justiça em repartições policiais, o que é proibido por lei, o pagamento da insalubridade dos agentes e o cumprimento real das ações julgadas pela Justiça como a indenização de dedicação exclusiva, implementada parcialmente”, disse Marco Aurélio a O PROGRESSO.
O escrivão informou, também, que em caso de não atendimento da pauta uma nova paralisação de 72 está marcada para os dias 24, 25 e 26 de setembro, e não sendo atendidos, paralisarão suas atividades por quatro dias, 13 a 17 de outubro. Caso o governo continue sem atender às reivindicações, a paralisação pode ser definida por tempo indeterminado.
A Delegacia Regional de Polícia Civil, com sede em Imperatriz, que tem sob sua circunscrição 11 cidades da região tocantina (Imperatriz, João Lisboa, Senador La Rocque, Buritirana,  Amarante, Montes Altos, Governador Edison Lobão, Ribamar Fiquene, Campestre, Porto Franco e Estreito), está atualmente com 40 investigadores e 18 escrivães, número julgado inferior ao necessário, segundo representante do Sinpol.
No caso do IML, as pautas são unificadas, retirando, apenas, a reclamação sobre custódia indevida de presos. Atualmente, o Instituto Médico Legal conta com oito legistas, número, também, julgado insuficiente para a demanda. De acordo com o diretor do órgão em Imperatriz, o médico legista Alair Firmiano, seriam necessários, no mínimo, dez médicos legistas para desafogar as atividades.
Marco Aurélio informou que está sendo mantido 30% para atender à população. A paralisação vai até a meia noite de hoje.