Em assembleia realizada na última sexta-feira (11), no auditório da Associação Comercial do Maranhão (ACM), em São Luís, os policiais civis do Maranhão decidiram realizar um novo encontro, dia 18 deste mês, para decidir se paralisam novamente as atividades, iniciando uma nova greve. Dia 10 de agosto, a categoria encerrou o movimento paredista que já durava uma semana para aguardar uma contraposta do Governo do Estado para suas reivindicações.
De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão (Sinpol), Fabrício Magalhães, dia 4 deste mês o Governo do Estado apresentaria uma contraproposta para os policiais, mas isso não aconteceu. Ontem, a categoria se reuniu para definir quais seriam os rumos do movimento diante da falta de resposta do governo.
A assembleia da categoria se estendeu por aproximadamente quatro horas. No fim do encontro, os policiais decidiram realizar uma nova assembleia dia 18 deste mês, com a justificativa de que na reunião de ontem não havia quórum suficiente para discutir os rumos do movimento. Também foram colocadas em votação as propostas de início de uma nova greve, com a paralisação de 100% das atividades; o encerramento do movimento paredista; e o início do movimento Polícia Legal, que tem como objetivo fazer com que os policiais trabalhem estritamente dentro do que determina a lei.
Reivindicações
A greve da categoria começou dia 3 de agosto e terminou no dia 10. Após essa data, os policiais iniciaram o chamado estado de greve, ou seja, a qualquer momento eles poderiam iniciar um novo movimento paredista.
Os policiais civis querem a recomposição salarial tendo como base os vencimentos dos delegados. Atualmente, segundo o Sinpol, os policiais civis recebem aproximadamente R$ 3.900,00, valor que seria equivalente a somente 20% dos salários dos delegados.
Eles reivindicam também melhoria nas condições de trabalho, reestruturação do subsídio com base nas tabelas apresentadas pelo governo, além de aumento do efetivo e investimento nas áreas de tecnologia e inteligência.
Cerca de 1.800 policiais, segundo o Sinpol, aderiram ao movimento, que suspendeu o atendimento em delegacias e impediu que os cidadãos efetuassem procedimentos comuns, como registros de ocorrência, por exemplo.
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