Foram presas nessa quarta-feira (2) cinco pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato do líder camponês de Buriticupu, Raimundo Alves Borges, mais conhecido como “Cabeça”.
São Manuel da Silva Oliveira, o Manelão; José Perez Martins; José de Sousa Ramos Santos, o Zequinha; Antônio de Souza Santos, o Toinho; e um homem identificado apenas como “Zé do 30”. Manelão é apontado como executor e os outros como mandantes.
Todos foram presos em suas respectivas casas. Um outro suspeito, conhecido como Filho, conseguiu fugir durante a abordagem. Na operação, foi apreendida uma espingarda calibre 36, em posse do acusado Zequinha.
Manelão já tem passagem na polícia por receptação e invasão de propriedade da União.
As prisões foram efetuadas com base em mandados pedidos pelos delegados Carlos Alessandro Rodrigues e Rubem Sérgio dos Santos.
As informações são da Polícia de Buriticupu, que realizou a ação juntamente com a Superintendência do Interior e com a Delegacia Especializada em Conflitos Agrários.
Raimundo foi executado no dia 14 de abril em uma estrada próxima à casa onde morava, por volta das 18h. Os assassinos estavam em várias motos, colocaram na estrada paus para bloquear o acesso. No momento em que Raimundo Cabeça retirava os obstáculos, os homens encapuzados dispararam vários tiros. Ele teve morte instantânea.
Crime e motivação - O crime aconteceu no dia 14 de abril, por volta das 18h. A vítima era o presidente do assentamento “Terra Bela”, no município de Buriticupu.
Raimundo Cabeça havia feito várias denúncias contra especuladores que compravam e vendiam terras de assentamentos da reforma agrária. Também havia ações de reintegração de posse, movidas por grileiros de terra contra ele.
Em uma ação movida pelos grileiros contra Cabeça, a audiência de instrução e julgamento estava marcada para o dia 26 de abril. A causa da morte do camponês pode ter sido em decorrência dos conflitos de terra no assentamento.
Apresentação - Segundo o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, os suspeitos serão apresentados nesta quinta-feira (3) na Secretaria de Segurança Pública, localizada na Vila Palmeira, em São Luís.