A atenção da Polícia Militar e da Vara da Infância e da Juventude foi chamada após a realização de uma festa de som automotivo realizada domingo passado (29), no Clube do Incra, em Imperatriz. A atenção das autoridades foi chamada em função dos vídeos gravados com celular, em que aparecem mulheres, todas muito jovens, dançando, expondo o corpo, através das roupas íntimas que vestiam.
O comandante do 14º Batalhão de Polícia Militar, que responde pela área do evento, informou que será realizada uma fiscalização para o cumprimento do horário permitido por lei, com o término até as 2 horas da madrugada, além do combate ao tráfico de droga, já que existe a suspeita de venda e consumo nesses eventos.
"Esta semana eu vou conversar com o delegado regional e propor uma audiência pública para que possamos fazer uma fiscalização mais rigorosa nesses eventos. Temos informações sobre a suspeita de tráfico de drogas e prostituição nessas festas. Com relação aos horários, em Imperatriz, muitos organizadores de festas só encerram as atividades na presença da polícia", disse o tenente-coronel Edeilson Carvalho.
O responsável pelo evento, Walace Silva, disse que as cenas das mulheres que repercutiram nas redes sociais e na internet faziam parte de um concurso de dança e que todos os participantes foram revistados antes de adentrarem o clube, além de serem todas maiores. Walace disse, ainda, que foi a primeira festa do tipo em sua administração do clube, mas que o evento não vai se repetir.
O juiz da Vara e da Infância da Comarca de Imperatriz, Delvan Tavares, se pronunciou a respeito e determinou aos comissários de justiça que também fiscalizem os eventos de som automotivo, haja vista que existem denúncias de que esses locais estão sendo frequentados por menores, que participam ativamente, ingerindo bebidas alcoólicas, fato que é proibido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O desrespeito ao ECA pode levar ao fechamento do estabelecimento, além do proprietário responder criminalmente.
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