Unidade da Funac em Imperatriz, um local com muitos problemas
Réplica de uma pistola e uma faca apreendidos com os adolescentes

Tudo começou quando um grupo de dez adolescentes foi para a sede da Fundação da Criança e Adolescente (FUNAC), unidade de Imperatriz, localizada na Rua Sergipe, bairro Três Poderes, cujo objetivo era o de resgatar dois adolescentes infratores que se encontram naquela unidade prisional.
Segundo informações do monitor Mizulano de Almeida Santos, que estava de plantão, ele estava descansando quando ouviu um barulho. Foi verificar o que estava acontecendo e observou quando os adolescentes já se encontravam no interior da unidade e tinham rendido o vigilante José de Araújo.
Cerca de dez adolescentes dominaram o vigilante e o mandaram deitar no chão. O vigilante foi agredido com chutes e golpes de cabo de vassoura.
O monitor acionou a Polícia Militar, que foi para o local com quatro viaturas. Foi necessária uma negociação de cerca de 30 minutos para que o bando se rendesse. Dos dez adolescentes que entraram na Funac, três conseguiram empreender fuga. Em alguns momentos, a situação ficou tensa, porque os militares tiveram de efetuar alguns disparos.
Os policiais militares, que foram comandados na ação pelo capitão Remy, apreenderam sete adolescentes, sendo que um deles, identificado por José de Ribamar Sousa Lopes Júnior, é o único maior de 18 anos. Os policiais militares apreenderam com os adolescentes a réplica de uma pistola .40, uma faca e um celular. Segundo os militares, havia também um revólver calibre 38, que se encontrava com um dos três que conseguiram fugir do cerco policial.
Todos foram ouvidos pela autoridade policial de plantão, no caso a delegada Virgínia Loiola, e indiciados nos termos do artigo 351 Caput, do Código Penal Brasileiro, e depois entregues ao responsável legal, ou seja, os pais.
O alvo do resgate eram dois adolescentes infratores que se encontram na Funac, de iniciais K. e W.
Um dos adolescentes que foram apreendidos disse em seu depoimento que foi embriagado pelos seus companheiros para que tivesse coragem para a ação criminosa. Outro adolescente de 15 anos falou que foi na ação porque tem muita gratidão pelo seu colega de inicial K., pois ele lhe fez um grande favor.
Essa questão de ação de resgate de internos na Funac já vem de algum tempo. Em ações anteriores, os adolescentes foram resgatados.